O órgão mais nobre do corpo humano é o cérebro, encontrando-se protegido dentro duma estrutura óssea chamada crânio, que em conjunto com a face formam a cabeça, que para alem de regular e comandar as funções do nosso organismo, produz ideias, pensamentos, elabora raciocínios, toma decisões e faz descobertas. Desde o fogo, à roda, desde a escrita, à imprensa, o comboio, o automóvel, os computadores, o avião, a pólvora, o cimento, as vacinas, etc. etc. etc… Tudo isto é fruto do cérebro de homens que aprenderam, investigaram e se apoiaram nos conhecimentos que toda a humanidade foi adquirindo ao longo da sua evolução. Dir-me-ão vocês que conhecem algumas pessoas, principalmente políticos, gestores, directores ou chefes, que são os que dão mais nas vistas, que parece não terem a cabeça a funcionar, mas sim o tronco ou os membros. Vindas do tronco as decisões tomadas pelo coração podem resultar ou não, é sempre uma incógnita, as tomadas pelos “maus fígados” terão invariavelmente terríveis consequências pela certa. Vindas dos membros superiores, do órgão que acaricia e aconchega, também pode sair murro e chapada. Dos membros inferiores, só mesmo decisões à biqueirada ou à parelha.
Principalmente devido à evolução das artes bélicas, quando se verificou que os ferimentos na cabeça eram os que mais punham em risco a saúde e vida dos guerreiros, foram-se inventando e desenvolvendo protecções, que todos nos conhecemos, não só de filmes épicos que se foram realizando ao longo dos tempos, mas também de famosas series de televisão. Todos nós conhecemos os elmos e armaduras dos Vikings, dos Romanos e dos cavaleiros da Távola Redonda. Em fins do sec. XIX começou a desenvolver-se um novo tipo de protecção chamado capacete, que evoluiu e assumiu várias formas e feitios na primeira e segunda guerra mundiais, e hoje podemos vê-los no Iraque, altamente sofisticados, recorrendo a fibras sintéticas leves e resistentes, com luz própria e binóculos de visão nocturna.
As cores também variaram com o tempo e a função. Quem não conhece os capacetes azuis da ONU (força de manutenção da paz das nações unidas). Quem não conhece os capacetes dourados dos bombeiros ou os brancos da polícia militar? E os capacetes amarelos de plástico dos operários da construção civil ou os capacetes negros de carvão com a luz a brilhar dos mineiros?
No reino de Valdecacos, logo após a revolução de Abril, quando Dom Quintanilha da Triste Memória, começou a arregimentar militantes para o partido laranja por todos os recantos do reino, serviu-se dos “capacetes verdes” (taxistas, assim designados devido à cor da capota da viatura na época), como testas de ferro. Na zona sul do reino, as tropas eram comandadas por Dom Viriato Transmontano, Barão dos Vales (não tem nada a ver com o Viriato das Beiras que chefiou os lusitanos contra o invasor de Roma). Na zona norte do reino essa tarefa era desempenhada por Dom Simãosinho Mandarim, Visconde de Ervões, com o cognome de o Chinês, não sei se por causa da apetência pelo jogo, se pelos traços fisionómicos orientais.
Trinta e quatro anos depois, Dom Xico Mirandum convocou todos os taxistas do reino, agora sem “capacete verde” mas cujo boné continua laranja e deu-lhes a recompensa merecida. Consta-se que lhes ofereceu um sistema de segurança ligado ao GPS, não sei se do próprio bolso, das contas do partido ou do erário publico.
PS: Alguns pretensos jornalistas do reino, fazendo coro com os da política da tanga, têm atacado investimentos públicos estruturantes, do governo do condado Portucalense, tais como o novo aeroporto de Alcochete e o TGV, por causa ou em consequência da crise. No Reino de Valdecacos onde a crise é cem vezes maior, ninguém fala do milhão de euros que irá ser gasto numa nova estrada para o povoado de Rio Morto, que tal como o próprio nome indica só está à espera do funeral. Que tal aplicarem essa verba em actividades que visem o repovoamento do reino?
Até Breve
Principalmente devido à evolução das artes bélicas, quando se verificou que os ferimentos na cabeça eram os que mais punham em risco a saúde e vida dos guerreiros, foram-se inventando e desenvolvendo protecções, que todos nos conhecemos, não só de filmes épicos que se foram realizando ao longo dos tempos, mas também de famosas series de televisão. Todos nós conhecemos os elmos e armaduras dos Vikings, dos Romanos e dos cavaleiros da Távola Redonda. Em fins do sec. XIX começou a desenvolver-se um novo tipo de protecção chamado capacete, que evoluiu e assumiu várias formas e feitios na primeira e segunda guerra mundiais, e hoje podemos vê-los no Iraque, altamente sofisticados, recorrendo a fibras sintéticas leves e resistentes, com luz própria e binóculos de visão nocturna.
As cores também variaram com o tempo e a função. Quem não conhece os capacetes azuis da ONU (força de manutenção da paz das nações unidas). Quem não conhece os capacetes dourados dos bombeiros ou os brancos da polícia militar? E os capacetes amarelos de plástico dos operários da construção civil ou os capacetes negros de carvão com a luz a brilhar dos mineiros?
No reino de Valdecacos, logo após a revolução de Abril, quando Dom Quintanilha da Triste Memória, começou a arregimentar militantes para o partido laranja por todos os recantos do reino, serviu-se dos “capacetes verdes” (taxistas, assim designados devido à cor da capota da viatura na época), como testas de ferro. Na zona sul do reino, as tropas eram comandadas por Dom Viriato Transmontano, Barão dos Vales (não tem nada a ver com o Viriato das Beiras que chefiou os lusitanos contra o invasor de Roma). Na zona norte do reino essa tarefa era desempenhada por Dom Simãosinho Mandarim, Visconde de Ervões, com o cognome de o Chinês, não sei se por causa da apetência pelo jogo, se pelos traços fisionómicos orientais.
Trinta e quatro anos depois, Dom Xico Mirandum convocou todos os taxistas do reino, agora sem “capacete verde” mas cujo boné continua laranja e deu-lhes a recompensa merecida. Consta-se que lhes ofereceu um sistema de segurança ligado ao GPS, não sei se do próprio bolso, das contas do partido ou do erário publico.
PS: Alguns pretensos jornalistas do reino, fazendo coro com os da política da tanga, têm atacado investimentos públicos estruturantes, do governo do condado Portucalense, tais como o novo aeroporto de Alcochete e o TGV, por causa ou em consequência da crise. No Reino de Valdecacos onde a crise é cem vezes maior, ninguém fala do milhão de euros que irá ser gasto numa nova estrada para o povoado de Rio Morto, que tal como o próprio nome indica só está à espera do funeral. Que tal aplicarem essa verba em actividades que visem o repovoamento do reino?
Até Breve
Publicado no Jornal "tribuna Valpacense" em 28 de Outubro de 2008