Aqui há dias, ligando a televisão à hora do jantar, saltaram para o ecrã imagens da festa que a distrital laranja do reino do Marão costuma fazer todos o verões e que este ano tinha a novidade e a presença da nova liderança partidária a nível nacional que é como todos sabem o Visconde de Vila Real Dom Passos Guedelho. Como não podia deixar de ser todos os reinos da região se fizeram representar com as suas estruturas partidárias, porque embora as legislativas estejam longe, a situação de crise em que vivemos, poderá em qualquer altura desencadear eleições antecipadas, e o facto da grande maioria dos autarcas, no fim deste mandato enfrentar o espectro do desemprego politico e a consequente morte social para a qual não estão preparados e que não desejam, leva-os a
exibirem-se em todos os eventos, a mostrarem trabalho e fervor partidário, pois sabem que a via partidária é o único caminho de acesso para um lugar sentado à mesa do O.G.E. (orçamento geral do estado).
Dizia então eu que as imagens televisivas mostravam uma comitiva a descer a rua, encabeçada pelo Visconde de Vila Real Dom Passos Guedelho, ladeado e seguido por vários chefes de governos locais, quando um jornalista se acercou de microfone em riste, fazendo parar a comitiva e dando inicio a uma curta entrevista sobre temas nacionais, desde as SCUTS até à revisão constitucional.
Enquanto a pequena entrevista de rua continuava, o câmara-men televisivo ia focalizando as personagens que ladeavam o entrevistado, e que eram os chefes dos governos de Vila Mouca e do Boticário de um lado, e os chefes dos governos da Flávia e do Marão do outro, todos eles com as chamadas caras de circunstância, que as pessoas fazem quando em frente de uma câmara televisiva ladeiam um personagem que está a ser entrevistado. De repente eu e mais dois milhões de portugueses que sintonizavam aquele telejornal, demo-nos conta que por detrás de um dos ombros de Dom Passos Guedelho, havia uma cabeleira a encimar uma testa, uns olhos e a metade superior do nariz, que tentavam furiosamente mostrar-se à câmara, tarefa inglória e difícil mas que a mim me não passou desapercebida. Era o nosso Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum, a dar sem querer uma imagem fiel daquilo que tem sido a politica e consequentemente o destino do reino de Valdecacos nos últimos trinta anos.
Já o vimos espreitar por de trás de Dom Mário Só Ares e do Prof. Mota Pinto. Já o vimos espreitar por de trás do Barão de Boliqueime Dom Acabado Silva e do Visconde do Fundão Dom Toneca Guterres. Também já espreitou por de trás do Barão do Lila Dom Furão Barroso e do Marquês da Figueira Dom Santana Flopes. Ainda não há muito espreitava por detrás do Conde de Gaia Dom Filipe Às Vezes e do Marquês de Vilar de Maçada Dom Zé Trocas-te. Esta tem sido a sina do chefe do governo do reino de Valdecacos! Espreitar por detrás do ombro das lideranças, à procura não sabemos bem de quê, e julgo que ele mesmo é capaz de também não saber, arrastando com ele todo o povo dum reino, que como ele apenas espreita atrás do ombro dos reinos vizinhos o progresso que nos passa ao lado.
Onde o nosso reino tem progredido imenso é no aparecimento de associações locais sem fins lucrativos e ditas para o desenvolvimento, que vivem quase exclusivamente de subsídios. É esta aliás uma maneira de financiar com o dinheiro dos contribuintes, actividades que raiam um caciquismo primário, próprio de países terceiro mundistas. Em próximas crónicas abordarei este assunto com mais pormenor…
O tempo continua quente, aborralhado, mas sem aquelas trovoadas de antigamente em que o estarrinco e o ribombar dos trovões me faziam correr assustado para debaixo de uma cama quando era criança. Como a electricidade ia sempre abaixo, era a luz do relâmpagos que enchia momentaneamente o quarto de sombras fantasmagóricas, cuja memória ainda hoje me arrepia. Já não há tempestades como as de antigamente! Anda por aí apenas um “faísca “ de baixa voltagem, cuja luz não vai mais longe que a dum pirilampo…
Até Breve
exibirem-se em todos os eventos, a mostrarem trabalho e fervor partidário, pois sabem que a via partidária é o único caminho de acesso para um lugar sentado à mesa do O.G.E. (orçamento geral do estado).
Dizia então eu que as imagens televisivas mostravam uma comitiva a descer a rua, encabeçada pelo Visconde de Vila Real Dom Passos Guedelho, ladeado e seguido por vários chefes de governos locais, quando um jornalista se acercou de microfone em riste, fazendo parar a comitiva e dando inicio a uma curta entrevista sobre temas nacionais, desde as SCUTS até à revisão constitucional.
Enquanto a pequena entrevista de rua continuava, o câmara-men televisivo ia focalizando as personagens que ladeavam o entrevistado, e que eram os chefes dos governos de Vila Mouca e do Boticário de um lado, e os chefes dos governos da Flávia e do Marão do outro, todos eles com as chamadas caras de circunstância, que as pessoas fazem quando em frente de uma câmara televisiva ladeiam um personagem que está a ser entrevistado. De repente eu e mais dois milhões de portugueses que sintonizavam aquele telejornal, demo-nos conta que por detrás de um dos ombros de Dom Passos Guedelho, havia uma cabeleira a encimar uma testa, uns olhos e a metade superior do nariz, que tentavam furiosamente mostrar-se à câmara, tarefa inglória e difícil mas que a mim me não passou desapercebida. Era o nosso Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum, a dar sem querer uma imagem fiel daquilo que tem sido a politica e consequentemente o destino do reino de Valdecacos nos últimos trinta anos.
Já o vimos espreitar por de trás de Dom Mário Só Ares e do Prof. Mota Pinto. Já o vimos espreitar por de trás do Barão de Boliqueime Dom Acabado Silva e do Visconde do Fundão Dom Toneca Guterres. Também já espreitou por de trás do Barão do Lila Dom Furão Barroso e do Marquês da Figueira Dom Santana Flopes. Ainda não há muito espreitava por detrás do Conde de Gaia Dom Filipe Às Vezes e do Marquês de Vilar de Maçada Dom Zé Trocas-te. Esta tem sido a sina do chefe do governo do reino de Valdecacos! Espreitar por detrás do ombro das lideranças, à procura não sabemos bem de quê, e julgo que ele mesmo é capaz de também não saber, arrastando com ele todo o povo dum reino, que como ele apenas espreita atrás do ombro dos reinos vizinhos o progresso que nos passa ao lado.
Onde o nosso reino tem progredido imenso é no aparecimento de associações locais sem fins lucrativos e ditas para o desenvolvimento, que vivem quase exclusivamente de subsídios. É esta aliás uma maneira de financiar com o dinheiro dos contribuintes, actividades que raiam um caciquismo primário, próprio de países terceiro mundistas. Em próximas crónicas abordarei este assunto com mais pormenor…
O tempo continua quente, aborralhado, mas sem aquelas trovoadas de antigamente em que o estarrinco e o ribombar dos trovões me faziam correr assustado para debaixo de uma cama quando era criança. Como a electricidade ia sempre abaixo, era a luz do relâmpagos que enchia momentaneamente o quarto de sombras fantasmagóricas, cuja memória ainda hoje me arrepia. Já não há tempestades como as de antigamente! Anda por aí apenas um “faísca “ de baixa voltagem, cuja luz não vai mais longe que a dum pirilampo…
Até Breve
Publicado no Jornal "Tribuna Valpacense", em 06 de Setembro de 2010