Quem vem do Porto pelo IP4, depois de atravessar o reino encantado de Miguel Torga, quando nos aproxima-mos dos reinos de Alijó e da Porca, vemos alguns placards informativos na berma da estrada de cor castanha e tamanho grande com os seguintes dizeres: “ALTO DOURO VINHATEIRO.PATRIMÓNIO MUNDIAL”. Trata-se do reconhecimento por parte da UNESCO do património paisagístico que o homem com força de vontade e de braços vem construindo e preservando há centenas de anos, nos milhares de socalcos que fazem parte da mais antiga região vinícola demarcada do mundo, e cuja exploração em termos turísticos vai de vento em popa.
Pois nas entradas norte, sul, este e oeste do nosso reino, vão ser colocadas placas idênticas com a seguinte informação: “BAIXO VALDECACOS PEPEDEIRO, PATRIMÓNIO MUNDIAL DO CACIQUISMO”.
Há mais de vinte anos que não se via no reino de Valdecacos um cozinhado em “banho-maria”, como o que se viu na eleição para a comissão de pais do agrupamento escolar. O governo de Dom Xico Mirandum resolveu por motivos de estratégia política, dar o beneplácito à lista que apoia o irmão de Dom Caím Conde do Cutelo Melhor. Trata-se dum personagem com cartão laranja, é enteado do presidente das Cortes Dom Juanito de Lá Bisabuela, será uma correia de transmissão do poder, não fazendo grandes ondas e ao mesmo tempo retiram-no da corrida à sucessão de Dom Xico Mirandum, sonho antigo e sempre acalentado pelo próprio, mas que poderia vir lançar mais confusão num processo que se antevê complicado.
O presidente das Cortes Dom Juanito de La Bisabuela meteu ombros à tarefa, convocou os alcaides necessários para angariar e transportar pessoas, requisitou os serviços da irmã do irmão de Dom Caím Conde do Cutelo Melhor, responsável da área social do governo, para fazer umas ameaças ao subsidio-dependentes e aos do rendimento mínimo, e foi um espectáculo digno de se ver, primeiro nas imediações do centro cultural depois dentro da sala, como se de uma autêntica festa tauromáquica se tratasse, as xicoelinas, os passes de peito, os derechazos, as manoletinas e os cabrestos, conduziram os matarruanos, os chavorrêlhos, os bragançanos e os subsidiados às urnas, para votarem numa lista de pais que apoia para director um professor que perdeu as eleições entre os seu pares por quase 80% dos votos.
Como se tudo isso não bastasse houve gente a mais para o tamanho do recinto, houve empurrões, houve insultos, havia gente com bebidas alcoólicas e alguns já bem compostos, enfim foi uma sorte não se ter dado uma tragédia.
Não foram motivos de ordem científica, ou de ordem pedagógica, ou tendo em vista uma maior autonomia da escola, ou qualquer preocupação com o futuro dos alunos que motivaram estas movimentações. Tratou-se apenas de uma demonstração gratuita de poder pelo poder, dum partido que se enquistou e que se julga dono de tudo e de todos, que não tem nada a ver com o partido do Marquês de Vila Real Dom Passos Guedelho, cujas atitudes até à data demonstram abertura à sociedade civil e um corte com os dinossauros e com as politicas do passado. No reino de Valdecacos ainda vigora para mal de todos nós o partido do Visconde de Maricá Dom Espadarte Lima e do Marquês da cidade da Praia Dom Dias Matreiro.
Os responsáveis pelo encerramento do Hospital de Valdecacos, continuam a passear-se no meio de nós com a maior desfaçatez. Até quando vamos permitir que isso aconteça? Esta verdadeira tragédia que aconteceu no nosso reino, provavelmente a maior desde a revolução dos cravos, teve como consequência uma aproximação de posições entre o Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum, e o Marquês do Pereiro Dom Alfonso de La Niña. Esta situação tem provocado um certo alvoroço a alguns elementos da nomenclatura laranja e da “entourage” rosa, tendo em vista os posicionamentos para a próxima corrida eleitoral. Consta-se que um dos mais irritados com esta situação é o Marquês de Alfarelos, filho Del Rei Dom João VI. Aqui há dias ouviram-no comentar referindo-se aos dois personagens supra-citados que “só lhes falta passearem de mão dada”.
Até Breve
Pois nas entradas norte, sul, este e oeste do nosso reino, vão ser colocadas placas idênticas com a seguinte informação: “BAIXO VALDECACOS PEPEDEIRO, PATRIMÓNIO MUNDIAL DO CACIQUISMO”.
Há mais de vinte anos que não se via no reino de Valdecacos um cozinhado em “banho-maria”, como o que se viu na eleição para a comissão de pais do agrupamento escolar. O governo de Dom Xico Mirandum resolveu por motivos de estratégia política, dar o beneplácito à lista que apoia o irmão de Dom Caím Conde do Cutelo Melhor. Trata-se dum personagem com cartão laranja, é enteado do presidente das Cortes Dom Juanito de Lá Bisabuela, será uma correia de transmissão do poder, não fazendo grandes ondas e ao mesmo tempo retiram-no da corrida à sucessão de Dom Xico Mirandum, sonho antigo e sempre acalentado pelo próprio, mas que poderia vir lançar mais confusão num processo que se antevê complicado.
O presidente das Cortes Dom Juanito de La Bisabuela meteu ombros à tarefa, convocou os alcaides necessários para angariar e transportar pessoas, requisitou os serviços da irmã do irmão de Dom Caím Conde do Cutelo Melhor, responsável da área social do governo, para fazer umas ameaças ao subsidio-dependentes e aos do rendimento mínimo, e foi um espectáculo digno de se ver, primeiro nas imediações do centro cultural depois dentro da sala, como se de uma autêntica festa tauromáquica se tratasse, as xicoelinas, os passes de peito, os derechazos, as manoletinas e os cabrestos, conduziram os matarruanos, os chavorrêlhos, os bragançanos e os subsidiados às urnas, para votarem numa lista de pais que apoia para director um professor que perdeu as eleições entre os seu pares por quase 80% dos votos.
Como se tudo isso não bastasse houve gente a mais para o tamanho do recinto, houve empurrões, houve insultos, havia gente com bebidas alcoólicas e alguns já bem compostos, enfim foi uma sorte não se ter dado uma tragédia.
Não foram motivos de ordem científica, ou de ordem pedagógica, ou tendo em vista uma maior autonomia da escola, ou qualquer preocupação com o futuro dos alunos que motivaram estas movimentações. Tratou-se apenas de uma demonstração gratuita de poder pelo poder, dum partido que se enquistou e que se julga dono de tudo e de todos, que não tem nada a ver com o partido do Marquês de Vila Real Dom Passos Guedelho, cujas atitudes até à data demonstram abertura à sociedade civil e um corte com os dinossauros e com as politicas do passado. No reino de Valdecacos ainda vigora para mal de todos nós o partido do Visconde de Maricá Dom Espadarte Lima e do Marquês da cidade da Praia Dom Dias Matreiro.
Os responsáveis pelo encerramento do Hospital de Valdecacos, continuam a passear-se no meio de nós com a maior desfaçatez. Até quando vamos permitir que isso aconteça? Esta verdadeira tragédia que aconteceu no nosso reino, provavelmente a maior desde a revolução dos cravos, teve como consequência uma aproximação de posições entre o Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum, e o Marquês do Pereiro Dom Alfonso de La Niña. Esta situação tem provocado um certo alvoroço a alguns elementos da nomenclatura laranja e da “entourage” rosa, tendo em vista os posicionamentos para a próxima corrida eleitoral. Consta-se que um dos mais irritados com esta situação é o Marquês de Alfarelos, filho Del Rei Dom João VI. Aqui há dias ouviram-no comentar referindo-se aos dois personagens supra-citados que “só lhes falta passearem de mão dada”.
Até Breve
Publicado no jornal "Tribuna Valpacense" em 08 Julho de 2011