A globalização mundial, fenómeno que desde há uns anos a esta parte, tem tido seguidores fervorosos e detractores militantes, é uma realidade, e o nosso reino de Valdecacos apesar de isolado e esquecido neste nordeste peninsular, não escapou ao fenómeno e pelas piores razões.
A crise financeira que começou no poderoso reino da América do Norte, atravessou o Atlântico e o Pacifico como uma enorme e contaminante mancha de óleo, provocando incomensuráveis perdas nos mercados bolsistas da Ásia e da Europa, levando ao desmoronar do sistema financeiro donde o dinheiro desapareceu como que por magia, tendo os governos de todos os reinos que injectar biliões e biliões, para tentar salvar um sistema arruinado pelas asneiras feitas pelos ricos, com a finalidade última de que os pobres não ficassem ainda mais pobres. Ironia das ironias!!!
A uma época de dinheiro fácil, de acesso ao crédito por telefone, de automóvel a prestações, de vá de férias e pague depois, de compre casa e logo se verá, estamos agora no reverso da medalha, com as famílias endividadas, em situação de completo sufoco financeiro, incapazes de cumprirem contratos assinados e em risco de ficarem sem nada.
Os empresários de construção civil e obras públicas do reino de Valdecacos, que na sua esmagadora maioria foram e são um suporte do poder instituído (porque será?) e que vêm as obras particulares a diminuírem mais de noventa por cento por causa da crise, andam abalados uns, de orelha murcha outros, com a corda na garganta outros ainda e outros mais encerraram a actividade. Como consequência de tudo isto os operários de construção civil, praticamente a única força de trabalho e de consumo de todo o reino de Valdecacos, pois excluindo estes, apenas restam muitos velhos e algumas crianças, deixaram de fazer compras em estabelecimentos, de frequentar cafés e restaurantes e imigraram muitos deles. Esta autêntica bola de neve está a ter consequências terríveis na economia do reino. Está pois na altura dos empresários de construção cobrarem do governo do reino o apoio dado ao longo dos anos, exigindo tratamento preferencial nas obras públicas de Valdecacos.
Outra situação incontornável e que terá certamente influência no mundo inteiro, é como não podia deixar de ser o acto eleitoral ocorrido no reino da América do Norte e da vitória retumbante e portadora duma mensagem de mudança e de esperança, do Visconde do Illinóis Dom Barraca Abana. Num país em que a abolição da escravatura provocou uma guerra civil, num país em que os direitos cívicos dos negros eram brutalmente desrespeitados, num país em que o famoso e barbaramente assassinado activista dos direitos cívicos Martin Luther King fez o famoso discurso “I have a dream”, que significa “eu tenho um sonho”, sonho esse que eu tenho a certeza irá ser cumprido pelo novo presidente eleito Dom Barraca Abana. A eleição dum negro, dum Afro-americano, para governar o reino mais poderoso do mundo, é uma lição de democracia, representa a esperança do mundo inteiro e demonstra uma poderosa vontade de mudança. As expectativas são enormes, não nos devemos todavia esquecer que foi eleito apenas um governante e que os povos não devem acreditar em salvadores ou messias. Tal como ele próprio disse no discurso da vitória, “a estrada que temos pela frente é longa” e “a montanha que temos de subir é íngreme”. Nestes tempos conturbados os povos de todo mundo têm os olhos postos neste homem. Oxalá ele contribua para a paz e para o desenvolvimento do seu reino e de todos os outros.
PS: tenho a certeza absoluta assim como os meus caros leitores terão também, que se o Visconde do Illinóis Dom Barraca Abana, viesse ao reino de Valdecacos disputar as próximas eleições com o Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum seria estrondosamente derrotado. Mais palavras para quê?
Até Breve
A crise financeira que começou no poderoso reino da América do Norte, atravessou o Atlântico e o Pacifico como uma enorme e contaminante mancha de óleo, provocando incomensuráveis perdas nos mercados bolsistas da Ásia e da Europa, levando ao desmoronar do sistema financeiro donde o dinheiro desapareceu como que por magia, tendo os governos de todos os reinos que injectar biliões e biliões, para tentar salvar um sistema arruinado pelas asneiras feitas pelos ricos, com a finalidade última de que os pobres não ficassem ainda mais pobres. Ironia das ironias!!!
A uma época de dinheiro fácil, de acesso ao crédito por telefone, de automóvel a prestações, de vá de férias e pague depois, de compre casa e logo se verá, estamos agora no reverso da medalha, com as famílias endividadas, em situação de completo sufoco financeiro, incapazes de cumprirem contratos assinados e em risco de ficarem sem nada.
Os empresários de construção civil e obras públicas do reino de Valdecacos, que na sua esmagadora maioria foram e são um suporte do poder instituído (porque será?) e que vêm as obras particulares a diminuírem mais de noventa por cento por causa da crise, andam abalados uns, de orelha murcha outros, com a corda na garganta outros ainda e outros mais encerraram a actividade. Como consequência de tudo isto os operários de construção civil, praticamente a única força de trabalho e de consumo de todo o reino de Valdecacos, pois excluindo estes, apenas restam muitos velhos e algumas crianças, deixaram de fazer compras em estabelecimentos, de frequentar cafés e restaurantes e imigraram muitos deles. Esta autêntica bola de neve está a ter consequências terríveis na economia do reino. Está pois na altura dos empresários de construção cobrarem do governo do reino o apoio dado ao longo dos anos, exigindo tratamento preferencial nas obras públicas de Valdecacos.
Outra situação incontornável e que terá certamente influência no mundo inteiro, é como não podia deixar de ser o acto eleitoral ocorrido no reino da América do Norte e da vitória retumbante e portadora duma mensagem de mudança e de esperança, do Visconde do Illinóis Dom Barraca Abana. Num país em que a abolição da escravatura provocou uma guerra civil, num país em que os direitos cívicos dos negros eram brutalmente desrespeitados, num país em que o famoso e barbaramente assassinado activista dos direitos cívicos Martin Luther King fez o famoso discurso “I have a dream”, que significa “eu tenho um sonho”, sonho esse que eu tenho a certeza irá ser cumprido pelo novo presidente eleito Dom Barraca Abana. A eleição dum negro, dum Afro-americano, para governar o reino mais poderoso do mundo, é uma lição de democracia, representa a esperança do mundo inteiro e demonstra uma poderosa vontade de mudança. As expectativas são enormes, não nos devemos todavia esquecer que foi eleito apenas um governante e que os povos não devem acreditar em salvadores ou messias. Tal como ele próprio disse no discurso da vitória, “a estrada que temos pela frente é longa” e “a montanha que temos de subir é íngreme”. Nestes tempos conturbados os povos de todo mundo têm os olhos postos neste homem. Oxalá ele contribua para a paz e para o desenvolvimento do seu reino e de todos os outros.
PS: tenho a certeza absoluta assim como os meus caros leitores terão também, que se o Visconde do Illinóis Dom Barraca Abana, viesse ao reino de Valdecacos disputar as próximas eleições com o Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum seria estrondosamente derrotado. Mais palavras para quê?
Até Breve
Publicado no jornal "Tribuna Valpacense" em 25 de Novembro de 2008
9 comentários:
Não haja duvidas que o dom chico mirandum é mesmo fino...para aquilo que ele quer...
Sempre disse isso, agora só falta mesmo mumificá-lo, cortar a lingua aos eunucos do reino e mete-los a todos numa câmara funerária, bem funda... podia ser por baixo da rotunda principal, com uns milhares de quilos de pedra por cima.
Dom Chicote faz a mancha
Relativamente aos construtores desta cidade é bem verdade o que escreve. Há até aqueles que vendem apartamentos, assinam contratos com direitos e deveres, recebem o dinheiro do mesmo e depois não terminam os edifícios ou deixam-os ao abandono! Vejam o exemplo do edifício Central, na "famosa" rua Cidade de Bettembourg, ao lado da Central de Camionagem, da Construtora Pessoa & Filhos. Muito bonito, por fora, mas por dentro parece um prédio abandonado! O que fazer? para quem reclamar? Mas é verdade que tem as licenças, inclusive a licença de habitabilidade que "alguém" passou! Mas de habitabilidade tem pouco: até hoje a electricidade é da companhia (já cortada pela EDP, mas como que por milagre, voltou); por causa disso, a electricidade está constantemente a falhar o que já causou danos em electrodomésticos; como o edifício ainda não foi entregue aos condóminos, pertencerá, como facilmente se entende, ao dono da obra que deve asseguar a segurança do edifício e das pessoas, a higiene do prédio, a comodidade e bem-estar de quem lá vive e lhe pagou os apartamentos. Já para não falar na construção, repito, toda ela aprovada, em que os contadores da água e do gás, dificilmente cabem os espaços para eles destinados, mas que possui licenças disso não tenham dúvidas. o Elevador, que consta no BI do edifício nunca funcionou até hoje. E o passeio? Como é possível passarem licenças a estes edifícios? O que podem fazer os proprietários que compram os apartamentos, na sua boa fé, e depois têm que aguentar esta situação?
Chega de tré...lé...lé, temos de começar a fazer como na grécia, só com uma pequena diferença, porrada forte nestes politicos pois a policia e a guarda são todos umas vitimas como nós deste sistema de corruptos que vivem à pala do grande capital.
BERDOADA DA FORTE PELOS COR.... ABAIXO.
B52 - O bombardeiro
Provérbios actualizados para a realidade concelhia
1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires o Tavares, põe-te a chorar.
2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Tavares, mais cedo se enterra.
3) Tavares a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.
4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota no Tavares lixa-se.
5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota no Tavares, tem cem anos de aflição.
6) Gaivotas em terra temporal no mar; Tavares na Câmara, o povinho a penar.
7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Tavares quem se quer afogar.
8)Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Tavares, Soarão, manhã de Inverno tarde de inferno.
9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Tavares é burro mesmo.
10) Peixe não puxa carroça; voto em Tavares, asneira grossa.
11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Tavares empossado, povinho atropelado.
12) A ocasião faz o ladrão, e do Tavares um aldrabão.
13) Antes só que mal acompanhado, ou com o Tavares ao lado.
14) A fome é o melhor cozinheiro, Tavares o melhor coveiro.
15) Olhos que não vêm, coração que não sente, mas aturar o Tavares, não se faz à gente.
16) Boda molhada, boda abençoada; Tavares eleito, pesadelo perfeito.
17) Casa roubada, trancas na porta; Tavares eleito, ervas na horta.
1 Com Tavares e bolos se enganam os tolos.
19) Não há regra sem excepção, nem Tavares sem confusão.
....Bom Fim de Semana para todos!
Vereadores de Valpaços e Vereadores de Chaves no TGV!
________________________________________
Estavam os vereadores de Valpaços e os vereadores de chaves numa estação, à
espera do TGV para irem a uma reunião a Lisboa.
Os V. de Valpaços vão até à bilheteira e compram três
bilhetes.
A seguir, vão os V. de Chaves até à bilheteira, mas
só compram um bilhete.
Os V. de Valpaços ficam espantados e perguntam:
- Como é que vocês só compram um bilhete?
Vocês não têm hipótese de fazer a viagem e passar o mesmo
bilhete para todos...
- Não se preocupem que vocês vão ver...(respondem os V. de Chaves)
Mal entram no TGV, os V. de Chaves dirigem-se ao
sanitário e apertam-se lá dentro o melhor possível, de maneira a
fechar a porta.
Quando vem o Revisor, pica os bilhetes dos V. de Valpaços,
vê a luz do sanitário acesa, bate à porta e diz:
- BILHETE, por favor!
A porta abre-se só com uma frinchinha, através da qual sai
uma mão com o bilhete.
O Revisor agradece e segue.
Os V. de Valpaços acham a ideia fantástica e decidem fazer
o mesmo, na viagem de regresso.
- Estes V. de Chaves são uns génios!!!! (dizem os V. de Valpaços)
No regresso, os V. de Valpaços compram só um bilhete,
mas os V. de Chaves não compram nenhum.
- Como é que vocês vão viajar sem bilhete? É impossível!
- Vocês vão ver, está tudo sob controlo - objectam os
V. de Chaves.
Quando entram no TGV, os V. de Valpaços espremem-se
todos para dentro de um sanitário e fecham a porta.
Os V. de Chaves fazem o mesmo no sanitário ao lado.
Passado um minuto, sai um dos V. de Chaves, bate à porta
do sanitário dos V. de Valpaços e diz:
- BILHETE, por favor!
D. Chicote faz a mancha.
Políticos corruptos, em Portugal?
Corrupção é coisa que não existe em Portugal! Isto, toda a gente sabe! Aliás, todos nós nunca convivemos com corrupção! Nem com ilegalidades! E o mal é este de sermos completamente virgens e, consequentemente, inocentes, em tais matérias.
Vou dar-me como exemplo. Filho de uma família da pequena burguesia urbana de Lisboa, nascido durante os anos difíceis da 2.ª Guerra Mundial, convivi, ainda criança, com as célebres senhas de racionamento e as infindáveis bichas, ou como agora se diz, fugindo ao brejeiro brasileirismo, filas do peixe e de outros géneros com que a minha Mãe tinha de alimentar a família. Claro que nessa época de falta e consumo controlado nunca houve falcatruas, nunca houve padeiro que fizesse misturas ilícitas na farinha, nem distribuidor de leite que tivesse urinado no dito para acrescentar mais um litro ao precioso líquido necessário ao alimento das crianças! Não, porque em Portugal sempre imperou a honestidade! Claro que não houve armazenistas que praticassem o açambarcamento para depois venderem mais caro o que haviam comprado a preço de dez réis o mel coado! Claro que nunca houve fortunas feitas de um dia para o outro e que ninguém sabe explicar! Claro que muitos homens da minha idade que usufruíram de uma excelente vida, quando os pais haviam nascidos tão pobres como Job, não fazem ideia nenhuma do que tenha sido corrupção e desonestidade! Foram milagres! Foram outras tantas Senhoras de Fátima que apareceram a uns pobres pastores conferindo-lhes poderes mágicos para ficarem ricos como Ali-Babá! Porque corrupção nunca houve em Portugal!
Senhores chega de ironia!
Eu cresci os meus primeiros anos a conviver com corrupção e com corruptos! Digo-o sem qualquer tipo de receio.
Quando ia, diariamente, às compras com a minha Mãe bem ouvia ela dizer ao talhante lá do bairro: — Senhor António, um quilograma de bifes, mas dos especiais — e lá ia o senhor António à câmara frigorífica especial tirar um bom naco de carne tenrinha e cortar os desejados bifes. Bifes que eram vendidos acima do preço tabelado, claro está! A minha saudosa Mãe, na ânsia de pôr na mesa o melhor, de alimentar a família com carne, peixe, manteiga, chouriço e outros artigos de qualidade extra, alimentava, também, contra-vontade, a corrupção dos pequenos comerciantes que, entretanto, já tinham vivendas nos arredores de Lisboa.
Foi com esta corrupção que eu cresci.
Com ela cresceram todos os jovens da minha geração e das gerações mais próximas. Habituámo-nos a ver pactuar com a falcatrua. Mais. Habituámo-nos a fazer parte da falcatrua. Mas, estávamos, vão-me dizer, em ditadura! Uma vez mais, tenho de dizer: claro! Estávamos em ditadura e se não houvesse esta cedência perante a corrupção iríamos comer os bifes mais duros que houvesse nos talhos de Lisboa, nos talhos de Portugal! Iríamos, nós a gente da chamada classe média remediada ou abastada, porque os pobres nem bife tinham para comer…
O medo da denúncia política cresci eu com ele, convivi com ele. Todavia, tive, também, sempre medo das consequências da denúncia da corrupção, por causa das consequências… Depois não havia à mesa aquelas coisas boas de que eu tanto gostava!
Foi este sentimento que moldou gerações e gerações de Portugueses e possibilitou que nuns se fosse implantando a cumplicidade do silêncio e noutros a certeza da impunidade.
Quando um afoito bastonário da Ordem dos Advogados vem dizer «existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e que andam por aí impunemente alguns a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há mecanismos para lhes tocar. Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado português» há cadeiras que estremecem como resultado do tremor que se apoderou de quem nelas está sentado. António Marinho Pinto não tem medo de comer bifes duros ou, até, de não comer bifes! Mas o tremor de quem treme não resulta do medo… provém da raiva. Raiva, porque alguém com responsabilidades na sociedade civil ousou fazer uma acusação que muitos fazem sem terem a audição do bastonário.
O impoluto engenheiro Cravinho já havia sugerido, em tempos, a aprovação de uma lei contra a corrupção… Despacharam-no para bem longe! Igual sorte teve Ferro Rodrigues. Será que vão mandar Marinho Pinto para outro lugar que não aquele que os seus pares lhe atribuíram?
O bastonário, face aos níveis de corrupção que todos os dias se verificam no nosso país, tinha de começar por algum lado e começou por atacar o Governo, pois dele dimana o exemplo — o mau e o bom. Agora, clama-se que Marinho Pinto tem de fazer prova, denunciando. Ora essa! A prova de inocência tem de ser feita pelo acusado; por todos quantos, como há sessenta anos ocorreu, de um dia para o outro, deram sinais exteriores de riqueza! Cabe ao Estado identificar esses sinais e, se o Estado nada receia, porque nada receiam os seus agentes, deve pedir as explicações que entender.
Claro que Marinho Pinto sabe, tão bem como eu sei, que as suas palavras só vão servir para ocuparem um parágrafo — pequeno — na História da actualidade, porque Portugal, todo o Portugal, todos nós, é uma Nação de corruptos. Corruptos, porque colaboramos passivamente com a corrupção ou porque somos agentes activos da mesma. Cada um que escolha o lugar que mais lhe convém!
Eu, tal como o bastonário da Ordem dos Advogados, já optei: acuso. O leitor fará como melhor lhe convier.
Dom Chicote faz a mancha
Um político é um ser com a espinha dorsal em curva e contra-curva; olhos ansiosamente rotativos como o dos camaleões cuja cor depende do poiso; língua bífida em forma de V (de vitória) escondida debaixo de um sorriso gasto e inútil; mãos retorcidamente fechadas rematando os dois bracinhos constantemente cruzados sobre o insignificante peito; pernas curtas e rápidas como dois troncos cheios de ramificações em constante demanda de terra adubada e pés admiravelmente grandes como discos voadores e por isso, nunca aterram... O cérebro é uma plataforma de buracos de Verne por onde se perdem irremediavelmente as ideias dos outros e por onde saem ideias que ninguém faz ideia de onde vieram... Trabalham arduamente no pretérito perfeito e no futuro e têm como principal objectivo encontrar uma multidão que se dirija a qualquer parte para se meterem à frente dela... É ou não é?
Muntadar al-Zaidi
O Sapateiro/jornalista
Aumentos na factura de electricidade em 2009 saiba porquê:
A EDP, uma empresa de serviço público, cumpre à risca as regras do capitalismo mais coerente. Aumento para os trabalhadores: 1,8%. Aumento para os administradores: 118%. Não, não é engano: cento e dezoito por cento! Com ar de gozo – um gozo criminoso, tendo em conta os aumentos miseráveis dos trabalhadores e as dificuldades de sobrevivência da grande maioria da população – o presidente da administração, António Mexia, declarou, quando interpelado pelos jornalistas: “Sobre o aumento de 118%? Não me queixo…”.
mais...
Santana foi convidado por António Mexia, presidente da administração da EDP desde o início de Abril, para dar apoio na área jurídica da empresa.
PSL foi contratado como consultor externo, através de uma avença, e que irá prestar serviços como "independente", sem qualquer vínculo de permanência com a EDP.
António Mexia foi ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações no Governo de Santana Lopes. Agora é a vez do administrador devolver o 'favor'. O ordenado de Santana deverá situar-se entre os 3 mil e os 5 mil euros por mês.
PSL, o "político profissional ", beneficia ainda de um regime especial de reforma, que permite que alguém que tenha exercido funções no poder local possa aposentar-se com 30 anos de descontos, mesmo não tendo idade para a reforma, Pedro Santana Lopes, de 50 anos de idade, recebe desde Outubro de 2005, uma pensão de 3178,47 euros por ter sido presidente da Câmara da Figueira da Foz e Lisboa».
Dom chicote faz a mancha
PS questiona remunerações pagas aos presidentes de câmara pela EHTB
Uma das últimas viagens patrocinadas pela EHTB foi a Timor, onde os autarcas terão ido visitar uma escola para a qual a empresa contribuiu com um donativo
Segundo o PS de Chaves, por cada reunião em que participam enquanto administradores não executivos da empresa Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega, cada presidente de Câmara ganha cerca de 750 euros (brutos), valor que os socialistas consideram “escandaloso”. Além disso, o PS critica as inúmeras viagens que a empresa patrocina aos mesmos autarcas.
O Partido Socialista de Chaves lançou, na última Assembleia Municipal (AM), um ataque cerrado ao que considera ser a “falta de transparência” da empresa Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega (EHTB), constituída com capital das seis câmaras dos Alto Tâmega que se dedica à produção de energia hidroeléctrica e eólica. Para os socialistas, em causa estão as despesas relacionadas com as remunerações “escandalosas” do conselho de administração, bem como as viagens que têm sido patrocinadas pela empresa aos autarcas dos municípios em causa.
Pelas contas do PS, só este ano, a empresa já terá custeado cinco viagens. A última, há pouco mais de uma semana, a Roma. Timor, China, Brasil, Finlândia, Rússia, Egipto, Patagónia, foram, entre muitos outros, segundo o PS, mais alguns destinos patrocinados pela empresa nos últimos anos aos autarcas.
No entanto, segundo garante o PS, nos relatórios de contas de 2006 e 2007, que solicitaram, “não existe nenhuma nota onde estejam espelhados tais gastos”.
Além da questão das viagens, para os socialistas está em causa as remunerações pagas aos membros do conselho de administração. Pela contas do PS apresentadas na Assembleia Municipal, em 2006, cada presidente de câmara que esteve na administração recebeu por mês cerca de 5.500 euros. “Em 2007, com a nova lei do sector empresarial local, a qual passou a impedir que, os presidentes de câmara acumulassem remunerações (...), passou-se então à situação de pagamento de senhas pela presença nas reuniões. Segundo o relatório de contas, o valor pago aos presidentes de câmara por cada reunião do conselho de administração é de cerca de 750 euros, que multiplicado por 2 reuniões mensais dá uma valor de 18.000 euros por ano”, lê-se na moção apresentada na AM pelo deputado Júlio Alves e a que o Semanário TRANS-MONTANO teve acesso.
Desta feita, o PS propôs a aprovação de uma moção, no sentido de ser solicitada pela AM de Chaves à EHTB informação sobre as viagens realizadas desde 2006, bem como a comitiva que as integrou, os valores gastos por pessoa e os relatórios das viagens “onde conste a mais-valia para a área de negócio da empresa”. A moção propunha também que a AM aprove que a Câmara de Chaves apresente uma proposta à Assembleia Geral da EHTB para que o valor das senhas de presença seja de 74,16 euros, o valor pago aos membros da Assembleia Municipal. A proposta foi chumbada. O presidente da Câmara de Chaves, João Bastista, argumenta que a mesma é “descabida” por entender que as informações constam dos relatórios de contas e que qualquer deputado tem legitimidade para solicitar as informações que entender junto do conselho de administração da empresa. Por outro lado, lembra que houve inclusivamente membros da bancada do PS que votaram contra, até porque entre os cerca de 95 deputados presentes, só 15 terão votado favoravelmente. Em relação às viagens, justifica que participou apenas na última (Roma) e que em causa esteve a participação num concerto do Colégio Português de Roma para o qual a EHTB contribuiu com um donativo para a reparação de um órgão. “Ora, estando um flaviense associado à reorganização económica deste Colégio, parecia mal, entendo eu, que o município de Chaves não se fizesse representar”, justificou Batista. Em relação ao valores das senhas, confirmou que, neste momento, são de 750 euros, mas lembrou que existe uma retenção de 25 por cento em imposto logo à cabeça. “Mas são muito mais baixas das que se pagam por esse país fora em empresas públicas”, argumentou, lembrando que a EHTB já é uma empresa com uma dimensão significativa e que, por isso, obriga já muita “atenção”. “É pena que o PS faça política com este assunto, sobretudo, numa Assembleia em que se discutia o orçamento”, referiu ainda Batista.
O Semanário TRANSMONTANO não conseguiu obter, em tempo útil, uma reacção à posição do PS por parte do presidente do concelho de administração da EHTB, cargo que, neste momento, é assumido pelo presidente da Câmara de Valpaços, Francisco Tavares.
Eles comem tudo
eles comem tudo
eles comem tudo
e não deixam nada
Dom chicote faz a mancha
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