A campanha eleitoral para as Cortes do Condado Portucalense chegou ao fim, estou a escrever no dia chamado de reflexão. Os partidos, os seus líderes, os seus barões, condes, marqueses e duques apresentaram ao povo os seus programas, as suas ideias, a sua visão para o futuro do Condado Portucalense.
Comícios, arruadas, bandeiras, sacos, bonés, brochuras, tempos de antena, debates, blogs e sites na internet, radiodifusão, programas humorísticos (gato fedorento), vocês vejam a parafernália de meios usados pelos políticos para fazerem passar a sua mensagem e cativar votos.
Em democracia o voto é a arma do povo, que de quatro em quatro anos aprova ou condena os políticos e as políticas, os governos e os partidos. Há trinta e cinco anos que isto se passa no Condado Portucalense, o povo na sua imensa sabedoria tem sabido distinguir o trigo do joio e no espectro partidário que tem assento parlamentar nas cortes de Lisboa, os rosas e os laranjas têm merecido sucessivamente a confiança do eleitorado, alternando no poder e na oposição de acordo com os resultados eleitorais.
O povo do Condado Portucalense, apesar dos casos, escândalos e controvérsias, que a par dos boatos que sempre aparecem em todas as campanhas eleitorais, acaba por dar o poder a quem lhe merece mais confiança, quem demonstrou trabalho, quem melhorou as condições de vida dos mais necessitados, quem apresenta propostas mais fidedignas, correctas, justas e exequíveis, ou seja, que tenham hipóteses de ser realizadas. Talvez por isso os partidos que ocupam os extremos do leque político-partidário à esquerda e à direita, tenham poucas hipóteses de chegar ao poder.
É interessante verificar as transferências de votos entre os principais partidos, ver as leituras que os sociólogos fazem disso, as explicações que têm para a reviravolta no poder. È nisto que está a essência da democracia, do poder do voto, do voto esclarecido, do eleitor que ouve os debates, que vai à internet, que lê os jornais, que filtra as noticias e a publicidade e que depois vota em consciência. Os partidos gastam milhões em campanhas? É verdade. A Coca-Cola, a Nike, a Benetton, e outras não fazem o mesmo? Não gastam balúrdios em campanhas apesar de já serem conhecidas em todo o lado?
Este é o mundo mediatizado e globalizado que temos e não há como fugir disso.
Quando Roma dominava o mundo e a Pax Romana foi instituída, houve durante séculos um período de paz e prosperidade em toda a Europa, sob o poder das legiões e da Dura Lex. Todos se submeteram a este poder, excepto um pequeno povoado lá para os lados da Gália, que se manteve sempre independente e nunca se vergou ao poder das legiões e de César. Tinham um rei chamado Abracurcix, dois famosos guerreiros chamados Asterix e Obelix e um druida chamado Panoramix. Quem é que ainda não ouviu falar destes celebres personagens que tantas e tantas vezes derrotaram e humilharam os romanos? Todos sabemos que o segredo deles era a famosa poção mágica.
O reino de Valdecacos tem algo a ver com este povoado da Gália! O nosso rei Xico Mirandix, o seu primeiro-ministro Milkes Varredorix, e o druida Juanito de La Bisabuelix, não lutam contra o poder de Roma, mas contra a chegada da democracia ao reino. Há trinta e cinco anos que distribuem a poção a quem lhes interessa (apenas um bocadinho que o caldeirão está sempre com eles), para que a democracia não entre no reino de Valdecacos. Quando alguém ou alguns começam a ter ideias novas ou a falar em subversivas ideias democráticas, acorrem imediatamente com uma garrafinha extra da poça mágica e são poucos os que resistem ao chamamento do mágico elixir. Oh se são!!
O governo rosa financiou e executou a nova estrada para o reino de Mirandum? O povo de Valdecacos vota laranja!
O governo rosa dá medicamentos gratuitos aos mais pobres e reformados? O povo de Valdecacos vota laranja!
O governo rosa fez o maior aumento das pensões sociais e de reforma aos mais necessitados desde o 25 de Abril? O povo de Valdecacos vota laranja!
O governo rosa instituiu um cheque dentista para os mais necessitados? Os desdentados de Valdecacos votam laranja!
O governo rosa financiou a construção da nova cooperativa de olivicultores de que toda a gente se orgulha? Os olivicultores de Valdecacos votam laranja!
O governo rosa estabeleceu acordos que permitiram a reabertura do hospital encerrado há anos? Os doentes de Valdecacos votam laranja!
A grande maioria do povo de Valdecacos é rica? Não, antes pelo contrário, estamos no fundo da tabela! Então além de pobre é mal agradecida? Também não! Mas o consumo regular de pequenas porções da poção mágica, incapacita o povo para perceber o poder do voto, que ao longo dos anos confia àqueles que detêm o caldeirão, e que são capazes de tudo para continuar na sua posse.
PS: A morte de Dom Godofredo Tinto, Visconde dos Possacos, decano dos historiadores do reino e personagem maior destas crónicas, das quais era leitor assíduo e interessado, foi um rude golpe para a família, para os amigos e para o reino de Valdecacos. Espero que lá no céu continue a ler o “Tribuna”, a sorrir com as suas crónicas e a ser fonte de inspiração para as mesmas. Ao céu não chega com certeza o “Negócios” de dom Pires Zás-Trás! Dizem que a sua reportagem sobre a apresentação das candidaturas rosa e laranja foi um primor de isenção e independência! Felizmente só é entendido por meia dúzia dos que estão no poder, pois para decifra-lo é necessário fazer a tal neurocirurgia de que falei na última crónica (tirar metade do cérebro).
Até Breve
Comícios, arruadas, bandeiras, sacos, bonés, brochuras, tempos de antena, debates, blogs e sites na internet, radiodifusão, programas humorísticos (gato fedorento), vocês vejam a parafernália de meios usados pelos políticos para fazerem passar a sua mensagem e cativar votos.
Em democracia o voto é a arma do povo, que de quatro em quatro anos aprova ou condena os políticos e as políticas, os governos e os partidos. Há trinta e cinco anos que isto se passa no Condado Portucalense, o povo na sua imensa sabedoria tem sabido distinguir o trigo do joio e no espectro partidário que tem assento parlamentar nas cortes de Lisboa, os rosas e os laranjas têm merecido sucessivamente a confiança do eleitorado, alternando no poder e na oposição de acordo com os resultados eleitorais.
O povo do Condado Portucalense, apesar dos casos, escândalos e controvérsias, que a par dos boatos que sempre aparecem em todas as campanhas eleitorais, acaba por dar o poder a quem lhe merece mais confiança, quem demonstrou trabalho, quem melhorou as condições de vida dos mais necessitados, quem apresenta propostas mais fidedignas, correctas, justas e exequíveis, ou seja, que tenham hipóteses de ser realizadas. Talvez por isso os partidos que ocupam os extremos do leque político-partidário à esquerda e à direita, tenham poucas hipóteses de chegar ao poder.
É interessante verificar as transferências de votos entre os principais partidos, ver as leituras que os sociólogos fazem disso, as explicações que têm para a reviravolta no poder. È nisto que está a essência da democracia, do poder do voto, do voto esclarecido, do eleitor que ouve os debates, que vai à internet, que lê os jornais, que filtra as noticias e a publicidade e que depois vota em consciência. Os partidos gastam milhões em campanhas? É verdade. A Coca-Cola, a Nike, a Benetton, e outras não fazem o mesmo? Não gastam balúrdios em campanhas apesar de já serem conhecidas em todo o lado?
Este é o mundo mediatizado e globalizado que temos e não há como fugir disso.
Quando Roma dominava o mundo e a Pax Romana foi instituída, houve durante séculos um período de paz e prosperidade em toda a Europa, sob o poder das legiões e da Dura Lex. Todos se submeteram a este poder, excepto um pequeno povoado lá para os lados da Gália, que se manteve sempre independente e nunca se vergou ao poder das legiões e de César. Tinham um rei chamado Abracurcix, dois famosos guerreiros chamados Asterix e Obelix e um druida chamado Panoramix. Quem é que ainda não ouviu falar destes celebres personagens que tantas e tantas vezes derrotaram e humilharam os romanos? Todos sabemos que o segredo deles era a famosa poção mágica.
O reino de Valdecacos tem algo a ver com este povoado da Gália! O nosso rei Xico Mirandix, o seu primeiro-ministro Milkes Varredorix, e o druida Juanito de La Bisabuelix, não lutam contra o poder de Roma, mas contra a chegada da democracia ao reino. Há trinta e cinco anos que distribuem a poção a quem lhes interessa (apenas um bocadinho que o caldeirão está sempre com eles), para que a democracia não entre no reino de Valdecacos. Quando alguém ou alguns começam a ter ideias novas ou a falar em subversivas ideias democráticas, acorrem imediatamente com uma garrafinha extra da poça mágica e são poucos os que resistem ao chamamento do mágico elixir. Oh se são!!
O governo rosa financiou e executou a nova estrada para o reino de Mirandum? O povo de Valdecacos vota laranja!
O governo rosa dá medicamentos gratuitos aos mais pobres e reformados? O povo de Valdecacos vota laranja!
O governo rosa fez o maior aumento das pensões sociais e de reforma aos mais necessitados desde o 25 de Abril? O povo de Valdecacos vota laranja!
O governo rosa instituiu um cheque dentista para os mais necessitados? Os desdentados de Valdecacos votam laranja!
O governo rosa financiou a construção da nova cooperativa de olivicultores de que toda a gente se orgulha? Os olivicultores de Valdecacos votam laranja!
O governo rosa estabeleceu acordos que permitiram a reabertura do hospital encerrado há anos? Os doentes de Valdecacos votam laranja!
A grande maioria do povo de Valdecacos é rica? Não, antes pelo contrário, estamos no fundo da tabela! Então além de pobre é mal agradecida? Também não! Mas o consumo regular de pequenas porções da poção mágica, incapacita o povo para perceber o poder do voto, que ao longo dos anos confia àqueles que detêm o caldeirão, e que são capazes de tudo para continuar na sua posse.
PS: A morte de Dom Godofredo Tinto, Visconde dos Possacos, decano dos historiadores do reino e personagem maior destas crónicas, das quais era leitor assíduo e interessado, foi um rude golpe para a família, para os amigos e para o reino de Valdecacos. Espero que lá no céu continue a ler o “Tribuna”, a sorrir com as suas crónicas e a ser fonte de inspiração para as mesmas. Ao céu não chega com certeza o “Negócios” de dom Pires Zás-Trás! Dizem que a sua reportagem sobre a apresentação das candidaturas rosa e laranja foi um primor de isenção e independência! Felizmente só é entendido por meia dúzia dos que estão no poder, pois para decifra-lo é necessário fazer a tal neurocirurgia de que falei na última crónica (tirar metade do cérebro).
Até Breve
Publicado no jornal "Tribuna Valpacense" em 29 de Setembro de 2009
1 comentário:
Sobre noticia publicada no blog noticias de Valpaços.
É vergonhoso um país como o nosso que não rendeu ainda uma sentida homenagem aos seus militares (De Portugal com bandeira jurada), nas guerras (1ª Guerra Mundial, 2ª Guerra Mundial e Guerra colonial), inclusivé alguns deles descansam em paz no cimitério de Lebução, e vem agora o Exercito Português através do RI 19, render homenagem a um militar dos EUA, cidadão Americano, que combateu na 2ª Guerra Mundial em terras de França, só porque é filho do Presidente da Câmara de Valpaços????, Só quero lembrar que tivemos soldados na 2ª Guerra Mundial, que foram para a frente de combate servir de carne para canhão para poupar Ingleses, e tambem tivemos soldados no ultramar a combater um inimigo que na altura era patrocinado por varios paises (China, Russia, e tambem E.U.A.). Neste caso concreto quem tem de fazer a respectiva são os EUA e a França, porque nós e França temos de render homenagem é aos nossos que combateram sobre a nossa bandeira.
Obs: Missiva de igual teor irá tambem por email para o Sr. Chefe do Estado Maior do Exercito.
Um Ex. Combatente do Ultramar
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