Iniciamos a época natalícia, tradicionalmente uma época de paz, de amor, de partilha, de solidariedade, mas ao mesmo tempo de reflexão, principalmente de reflexão interior, é esta a altura de nos encontrarmos com nós próprios, olhar a nossa alma e fazer o balanço de um ano que está a acabar.
Será que agimos correctamente com a família? Com os amigos? Com os patrões? Com os colegas de trabalho? Com os vizinhos? Com os conterrâneos? Com todo o nosso próximo?
Numa altura em que estamos a sofrer as consequências da maior crise financeira dos últimos 80 anos, com milhões de desempregados a nível mundial, já pensamos que o mesmo nos pode acontecer a nós a qualquer momento? Já nos pusemos na terrível situação de ter de abandonar a nossa habitação para a entregar ao banco e ter de recorrer às instituições de solidariedade social para o pão-nosso de cada dia?
Este vai ser com certeza um Natal cheio de problemas para muitos, mas também vamos ver o consumismo, a opulência ostensiva e o luxo desmesurado a conviverem lado a lado, com a mais expressiva miséria. Este é o mundo que os homens criaram, as sociedades nunca foram nem são perfeitas, tem havido avanços e recuos, períodos de luz e de trevas, de religiosidade, agnosticismo e por vezes de fanatismo, de boas e más políticas, mas o Homem com H grande caminhará sempre com os olhos postos no futuro, movido pelo interesse inesgotável pelo conhecimento.
Depois deste preâmbulo que foge um pouco ao meu estilo habitual, e que talvez se deva ao facto de ter estado doente, pois fui apanhado por esse malvado vírus da gripe porcina que anda por aí a assustar muita e boa gente. Devo dizer-vos que foram oito dias de molho, com os miolos a arder em febre, não havia osso no corpo que me não doesse, com uma tosse que parecia que os pulmões me saíam pela boca e um fastio como nunca tinha tido em toda a minha vida! Não consegui sequer escrever a crónica para o último jornal, facto esse de que me penitencio perante os meus fiéis leitores.
Foi durante esses dias de doença, que navegando na net e procurando alguns blogues relacionados com o reino de Valdecacos, para me manter minimamente informado, reparei que o cronista Fernão Chaparuto foi algumas vezes citado e outras comentado mas nem sempre com a melhor das intenções.
Anda por aí um articulista de bairro que de vez em quando manda uns artigos para os jornais, que pouca gente lê porque nesta altura do campeonato já ninguém tem pachorra para um João Coito de província, que se julga o supra sumo da cultura só porque faz umas citações de autores que provavelmente nunca leu, ou se leu não entendeu, que assina o artigo no jornal e depois o envia para o blogue como anónimo, e como anónimo comenta o seu artigo e os dos outros, esquecendo-se que o estilo literário o denuncia.
Pois é!! Elogiar o próprio artigo sob o anonimato é obra! Não ter capacidade para modificar o estilo literário que o desmascara, é próprio de quem usou chapéu e distribuiu chapéus numa célebre campanha eleitoral, ouvindo de várias pessoas na esplanada do café Central, a celebre frase do Vasco Santana “chapéus há muitos seu…”
O Fernão Chaparuto há já muitos anos cronista do reino de Valdecacos, existe e existirá sempre nesse reino de fantasia, acompanhado de todas as outras personagens, que foi criando e apaparicando como um pai faz com os seus filhos.
O Sr. articulista não sairá do anonimato através das minhas crónicas, nem pela força dum trovão, dum relâmpago ou dum(a) faísca.
A vitória dos rosas na alcaideria de Valdecacos (aqui o povo também votou por instinto), não caiu bem nas autoridades político-religiosas do reino. O arcipreste da capital Dom Papalves, do alto do púlpito e em final de missa disse para quem o quis ouvir, que quem quisesse soutiens para homens, deveria ir procura-los à sede da alcaideria rosa do reino. Tudo isto julgo eu, por causa da legalização das uniões entre pessoas do mesmo sexo. Ora que eu saiba os gays não usam soutien pelo facto de o serem, e as lésbicas não deixam de o usar idem aspas. Por outro lado relata-nos a história, alguns belos romances e recentes noticias na televisão, que é mais provável encontrar soutiens numa sacristia do que numa alcaideria. A César o que é de César…
Até Breve
Será que agimos correctamente com a família? Com os amigos? Com os patrões? Com os colegas de trabalho? Com os vizinhos? Com os conterrâneos? Com todo o nosso próximo?
Numa altura em que estamos a sofrer as consequências da maior crise financeira dos últimos 80 anos, com milhões de desempregados a nível mundial, já pensamos que o mesmo nos pode acontecer a nós a qualquer momento? Já nos pusemos na terrível situação de ter de abandonar a nossa habitação para a entregar ao banco e ter de recorrer às instituições de solidariedade social para o pão-nosso de cada dia?
Este vai ser com certeza um Natal cheio de problemas para muitos, mas também vamos ver o consumismo, a opulência ostensiva e o luxo desmesurado a conviverem lado a lado, com a mais expressiva miséria. Este é o mundo que os homens criaram, as sociedades nunca foram nem são perfeitas, tem havido avanços e recuos, períodos de luz e de trevas, de religiosidade, agnosticismo e por vezes de fanatismo, de boas e más políticas, mas o Homem com H grande caminhará sempre com os olhos postos no futuro, movido pelo interesse inesgotável pelo conhecimento.
Depois deste preâmbulo que foge um pouco ao meu estilo habitual, e que talvez se deva ao facto de ter estado doente, pois fui apanhado por esse malvado vírus da gripe porcina que anda por aí a assustar muita e boa gente. Devo dizer-vos que foram oito dias de molho, com os miolos a arder em febre, não havia osso no corpo que me não doesse, com uma tosse que parecia que os pulmões me saíam pela boca e um fastio como nunca tinha tido em toda a minha vida! Não consegui sequer escrever a crónica para o último jornal, facto esse de que me penitencio perante os meus fiéis leitores.
Foi durante esses dias de doença, que navegando na net e procurando alguns blogues relacionados com o reino de Valdecacos, para me manter minimamente informado, reparei que o cronista Fernão Chaparuto foi algumas vezes citado e outras comentado mas nem sempre com a melhor das intenções.
Anda por aí um articulista de bairro que de vez em quando manda uns artigos para os jornais, que pouca gente lê porque nesta altura do campeonato já ninguém tem pachorra para um João Coito de província, que se julga o supra sumo da cultura só porque faz umas citações de autores que provavelmente nunca leu, ou se leu não entendeu, que assina o artigo no jornal e depois o envia para o blogue como anónimo, e como anónimo comenta o seu artigo e os dos outros, esquecendo-se que o estilo literário o denuncia.
Pois é!! Elogiar o próprio artigo sob o anonimato é obra! Não ter capacidade para modificar o estilo literário que o desmascara, é próprio de quem usou chapéu e distribuiu chapéus numa célebre campanha eleitoral, ouvindo de várias pessoas na esplanada do café Central, a celebre frase do Vasco Santana “chapéus há muitos seu…”
O Fernão Chaparuto há já muitos anos cronista do reino de Valdecacos, existe e existirá sempre nesse reino de fantasia, acompanhado de todas as outras personagens, que foi criando e apaparicando como um pai faz com os seus filhos.
O Sr. articulista não sairá do anonimato através das minhas crónicas, nem pela força dum trovão, dum relâmpago ou dum(a) faísca.
A vitória dos rosas na alcaideria de Valdecacos (aqui o povo também votou por instinto), não caiu bem nas autoridades político-religiosas do reino. O arcipreste da capital Dom Papalves, do alto do púlpito e em final de missa disse para quem o quis ouvir, que quem quisesse soutiens para homens, deveria ir procura-los à sede da alcaideria rosa do reino. Tudo isto julgo eu, por causa da legalização das uniões entre pessoas do mesmo sexo. Ora que eu saiba os gays não usam soutien pelo facto de o serem, e as lésbicas não deixam de o usar idem aspas. Por outro lado relata-nos a história, alguns belos romances e recentes noticias na televisão, que é mais provável encontrar soutiens numa sacristia do que numa alcaideria. A César o que é de César…
Até Breve
Publicado no jornal "Tribuna Valpacense" em 04 de Dezembro de 2009
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