segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O REINO DE VALDECACOS

Vivemos num mundo globalizado e extremamente mediatizado, com algumas figuras públicas a serem muitas vezes transformadas em ídolos, que influenciam a maneira de ser das pessoas, e levam por vezes a um paralelismo de comportamentos que não deixam de nos surpreender. Com as devidas distâncias e actuando em campos tão diferentes, observemos e comparemos a Confraria do reino de Valdecacos com o clube de futebol que actua no estádio do Dragão, mas acima de tudo os respectivos dirigentes. O Visconde de Cedofeita Dom Bimbo da Costa é líder incontestado do FCP. Ao Marquês de Viagreta Dom Geninho Três Ais, acontece-lhe o mesmo na Confraria. Nas últimas décadas, o FCP debaixo desta liderança, tem dominado por completo o mundo do futebol nacional. No reino de Valdecacos o campeonato das IPSS também tem sido completamente dominado pela confraria. Apesar de ambos os dirigentes, serem por vezes acusados de usarem meios menos ortodoxos para atingirem os seus fins e de verem os seus nomes na comunicação social envolvidos nalguns escândalos, acabam sempre por resolver as situações a seu favor e fortalecer as suas posições. São homens da mesma geração, nascidos no tempo da outra senhora, atravessaram a revolução de Abril sem se comprometerem politicamente, mas fazendo uma navegação sempre à vista e nunca muito distante na área do poder.
No entanto o mais espantoso é o facto do Visconde de Cedofeita Dom Bimbo da Costa, nas diversas actividades que desenvolve, se fazer sempre acompanhar pelo Bobby e pelo Tareco. Nas deslocações ao estádio, nas conferências de imprensa, nas reuniões da SAD, nos treinos, quando ele aparece lá estão o Bobby e o Tareco. Pois de há uns tempos para cá o Confrade Mor Dom Geninho Três Ais faz exactamente a mesma coisa, e para onde vai seja em trabalho ou lazer vai sempre acompanhado por dois acólitos, que são como que a sua sombra e cujos nomes deixarei para a imaginação dos leitores…
A chamada guerra do Hospital de Valdecacos, que nas ultimas semanas teve alguns desenvolvimentos que em nada beneficiam a imagem do mesmo e a credibilidade das instituições envolvidas, levou o sócio maioritário da empresa Galega que tem a responsabilidade da gestão, Dom José Pancrácio, Marquês de Ourense, a dar uma entrevista a dois jornais, um regional e outro nacional, a explicitar os seus pontos de vista. Pois no dia em que os jornais saíram para as bancas, os dois acólitos que normalmente acompanham o Confrade Mor, foram logo pela manhã a alguns quiosques e locais de venda da capital do reino e compraram todos os exemplares…
É velha e conhecida a história. Quando a noticia que aí vem não nos agrada, manda-se matar o mensageiro…
É claro que a emenda foi pior que o soneto, ou não estivesse o histórico alcaide de Valdecacos Dom Lapalino Del Sardon envolvido no assunto. Em vez de meia dúzia de jornais, foram centenas as fotocopias que chegaram ao povo, fazendo lembrar os tempos do PREC, em que a rotativa até fumegava.
Nas cortes do reino que reuniram na semana em que vos escrevo, o assunto dominante foi sem dúvida a problemática em torno do hospital. Pelo que me contaram parece haver um largo consenso político na defesa da manutenção dos postos de trabalho e do bom funcionamento da instituição. Tudo deverá ser feito por todos se o desígnio for esse, nada deverá ser feito que vá contra esses pressupostos. O Marquês de Ourense Dom José Pancrácio deverá suavizar e “aportuguesar” o seu discurso limando algumas arestas que o aproximem das posições da confraria. O Marquês de Viagreta Dom Geninho Três Ais tem que mudar a sua linha de pensamento, que tem andado muito enfarelada e muito apresuntada, optando por um tipo de alimentos mais frescos, saudáveis, vitaminados e menos indigestos.
É um regalo para a vista, um autêntico prazer para os sentidos e o nosso coração pula de contentamento, quando vemos o espectáculo que nesta altura do ano nos proporcionam as vinhas das encostas de Rio Torto e de Parada. O Duque de Vassal Dom Mangusto Perdigão das Neves está de parabéns e oxalá a colheita seja boa e profícua para podermos continuar a usufruir desta bela paisagem. O mesmo se passa com as vinhas do Marquês de Sobreiró de Baixo, que ladeiam a estrada que liga Fornos a Santa Valha. Outras tantas haverá nas zonas de Vassal e Sonim, talvez com menos visibilidade por não se encontrarem ao pé de eixos viários, mas daqui endereço também o meus parabéns aos vitivinicultores, alertando mais uma vez para a tão necessária criação da rota dos vinhos. O mercado está difícil mas é lutando e sonhando que o mundo se constrói. Dos fracos não reza a história…


Até Breve
Publicado no jornal "Tribuna Valpacense" em 06 de Outubro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O REINO DE VALDECACOS

Aqui há dias, ligando a televisão à hora do jantar, saltaram para o ecrã imagens da festa que a distrital laranja do reino do Marão costuma fazer todos o verões e que este ano tinha a novidade e a presença da nova liderança partidária a nível nacional que é como todos sabem o Visconde de Vila Real Dom Passos Guedelho. Como não podia deixar de ser todos os reinos da região se fizeram representar com as suas estruturas partidárias, porque embora as legislativas estejam longe, a situação de crise em que vivemos, poderá em qualquer altura desencadear eleições antecipadas, e o facto da grande maioria dos autarcas, no fim deste mandato enfrentar o espectro do desemprego politico e a consequente morte social para a qual não estão preparados e que não desejam, leva-os a
exibirem-se em todos os eventos, a mostrarem trabalho e fervor partidário, pois sabem que a via partidária é o único caminho de acesso para um lugar sentado à mesa do O.G.E. (orçamento geral do estado).
Dizia então eu que as imagens televisivas mostravam uma comitiva a descer a rua, encabeçada pelo Visconde de Vila Real Dom Passos Guedelho, ladeado e seguido por vários chefes de governos locais, quando um jornalista se acercou de microfone em riste, fazendo parar a comitiva e dando inicio a uma curta entrevista sobre temas nacionais, desde as SCUTS até à revisão constitucional.
Enquanto a pequena entrevista de rua continuava, o câmara-men televisivo ia focalizando as personagens que ladeavam o entrevistado, e que eram os chefes dos governos de Vila Mouca e do Boticário de um lado, e os chefes dos governos da Flávia e do Marão do outro, todos eles com as chamadas caras de circunstância, que as pessoas fazem quando em frente de uma câmara televisiva ladeiam um personagem que está a ser entrevistado. De repente eu e mais dois milhões de portugueses que sintonizavam aquele telejornal, demo-nos conta que por detrás de um dos ombros de Dom Passos Guedelho, havia uma cabeleira a encimar uma testa, uns olhos e a metade superior do nariz, que tentavam furiosamente mostrar-se à câmara, tarefa inglória e difícil mas que a mim me não passou desapercebida. Era o nosso Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum, a dar sem querer uma imagem fiel daquilo que tem sido a politica e consequentemente o destino do reino de Valdecacos nos últimos trinta anos.
Já o vimos espreitar por de trás de Dom Mário Só Ares e do Prof. Mota Pinto. Já o vimos espreitar por de trás do Barão de Boliqueime Dom Acabado Silva e do Visconde do Fundão Dom Toneca Guterres. Também já espreitou por de trás do Barão do Lila Dom Furão Barroso e do Marquês da Figueira Dom Santana Flopes. Ainda não há muito espreitava por detrás do Conde de Gaia Dom Filipe Às Vezes e do Marquês de Vilar de Maçada Dom Zé Trocas-te. Esta tem sido a sina do chefe do governo do reino de Valdecacos! Espreitar por detrás do ombro das lideranças, à procura não sabemos bem de quê, e julgo que ele mesmo é capaz de também não saber, arrastando com ele todo o povo dum reino, que como ele apenas espreita atrás do ombro dos reinos vizinhos o progresso que nos passa ao lado.
Onde o nosso reino tem progredido imenso é no aparecimento de associações locais sem fins lucrativos e ditas para o desenvolvimento, que vivem quase exclusivamente de subsídios. É esta aliás uma maneira de financiar com o dinheiro dos contribuintes, actividades que raiam um caciquismo primário, próprio de países terceiro mundistas. Em próximas crónicas abordarei este assunto com mais pormenor…
O tempo continua quente, aborralhado, mas sem aquelas trovoadas de antigamente em que o estarrinco e o ribombar dos trovões me faziam correr assustado para debaixo de uma cama quando era criança. Como a electricidade ia sempre abaixo, era a luz do relâmpagos que enchia momentaneamente o quarto de sombras fantasmagóricas, cuja memória ainda hoje me arrepia. Já não há tempestades como as de antigamente! Anda por aí apenas um “faísca “ de baixa voltagem, cuja luz não vai mais longe que a dum pirilampo…

Até Breve
Publicado no Jornal "Tribuna Valpacense", em 06 de Setembro de 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O REINO DE VALDECACOS

O reino de Valdecacos prepara-se para atravessar mais um verão quente, não em termos políticos, pois por aí as coisas parecem calmas pelo menos aparentemente, mas em termos climatéricos. Depois de um dos invernos mais chuvosos de que há memória, que teve como consequência o crescimento desmesurado de ervas e gramíneas por tudo quanto é sítio, e que agora secas por este sol abrasador são um autêntico barril de pólvora pronto a explodir e a transformar o reino de Valdecacos num autêntico braseiro. Se não houver um cuidado extremo por parte de todos, e nestas circunstancias mais vale prevenir que remediar, as entidades que fazem parte do gabinete de protecção civil do reino, devem reunir-se e criar equipas de que farão parte bombeiros e GNR, para percorrerem as mais diversas localidades do reino em acções de sensibilização junto das populações.
Com o mês de Julho já iniciado, vamos assistindo por todo o país e por alguns reinos vizinhos a iniciativas de todo o género, desde festivais para animar a malta, a feiras que procuram reanimar a economia, tão depauperada pela crise que afecta o mundo inteiro e a Europa em particular, só aqui no reino de Valdecacos as iniciativas pecam por defeito e a vida continua no seu rame rame habitual.
Aqui bem perto, na região do Douro, cuja classificação como património mundial começa a dar os seus frutos, multiplicam-se iniciativas turísticas e culturais, nascem como cogumelos em dias de chuva quintas que são transformadas em hotéis de charme, abrem restaurantes gourmet, passeios de barco e de comboio são procurados por turistas de todo o mundo, rotas do vinho e gastronómicas, cursos para enófilos, a evocação permanente de grandes escritores da língua portuguesa e a sua ligação às gentes e à terra duriense (Camilo e Eça entre outros).
Então e nós? Vamos ficar parados? Quem é que se atreve a dar o pontapé de saída?
Nós que agora já nem pertencemos ao Douro, fazemos parte do pequeno grupo de reinos do Alto Tâmega, integrados numa região mais vasta que inclui os reinos da Terra Quente e Terra Fria Transmontana e que são muitos, o que é que nós temos que possa ser potenciado de forma a servir de motor para um desenvolvimento sustentado, que combate a maior praga que nos aflige, que nos vai tirando as forças e acabará por nos destruir, se não lhe dermos uma luta sem tréguas, e que é como já todos imaginamos a desertificação. Todos os reinos da nossa comunidade Transmontana tem belas paisagens, são propícios à caça, à pesca, ao turismo de natureza etc. Todos os reinos da Terra Quente têm bons vinhos e azeites. Todos os reinos da Terra Fria têm boa castanha e boa carne. Então o que é que nos distingue? Qual é a aposta que devemos fazer? Ainda iremos a tempo de fazer algo que potencie o futuro do reino de Valdecacos? Eu julgo que sim, e acho que quem de direito poderá tomar como suas estas minhas ideias, pois como sabeis eu não existo, apenas escrevo.
O que nos distingue em relação à comunidade em que estamos inseridos, que vai do reino Bragançano, e do Planalto Mirandês, até aos reinos de Monte Triste, Vila Mouca, e da Flávia, é a nossa centralidade, e o facto de o nosso reino ter dentro das suas fronteiras a Terra Fria e a Terra Quente Transmontanas. Há que dar importância a esta nova centralidade que o reino de Valdecacos adquiriu com a nova reorganização político-administrativa. Mas então se os outros têm tudo que nós temos o que é que vamos potenciar? Pois vamos potenciar o facto de sermos a sede da região vitivinícola de Trás-os-montes, e apostar forte no museu do vinho e sede da região vitivinícola, no apoio aos produtores, nas rotas do vinho, em cursos vitivinícolas, em roteiros gastronómicos, no intercâmbio com confrarias de enófilos e gastronómicas, vamos aproveitar o facto de sermos vizinhos da região do Douro e tirar partido de algum do fluxo turístico para aí dirigido. Saibamos criar algo de bom e genuíno, algo que valha a pena ser visitado, apostemos na divulgação dos vinhos da região, incentivemos os restaurantes a elaborar cartas privilegiando os vinhos transmontanos. Os primeiros passos já estão a ser dados por alguns produtores independentes e algumas adegas cooperativas. Os responsáveis da comissão vitivinícola transmontana tem que ter uma mentalidade aberta e saber ultrapassar as fronteiras do reino de Valdecacos, criando uma instituição em que todos se sintam representados e saibam acima de tudo que no reino de Valdecacos irá existir a breve trecho um local que será sala de visita de todos os produtores de vinho de Trás-os-Montes, com visitas guiadas ao museu, provas de vinhos, cursos de enofilia, degustação de fumeiros, folar e produtos regionais. Tudo isto claro está potenciando o negócio de todos estes produtos e artigos com eles relacionados.




PS: As conversas de café das últimas semanas, giram todas à volta da abertura do bar das piscinas, e da sua concessão sem concurso a um funcionário da câmara recem reformado! Comentário premiado “Reformou-se da câmara mas não do partido”.
O prémio comandante Valdessapos deste mês vai para o Arcipreste Dom Papalves, a propósito das tiradas com que continua a brindar os paroquianos do alto do púlpito, a propósito do casamento entre pessoas do mesmo sexo e que são irreprodutiveis.

Até Breve
Publicado no Jornal "tribuna Valpacense" em 03 de Julho de 2010

terça-feira, 29 de junho de 2010

O REINO DE VALDECACOS

A capital do reino de Valdecacos tem um já velhinho hospital, que ultimamente tem andado pelas bocas do povo e nem sempre pelas melhores razões. Procurei informar-me sobre os acontecimentos para poder dar-vos uma notícia mais ou menos fundamentada, diversifiquei o mais que pude as fontes informativas, para poder ter uma perspectiva global dos problemas que lá existem. Tudo começou pelo abandono do cargo de gerente do hospital pelo Visconde de Manzaneda Dom Luís Praga, que se demitiu por não concordar com uma decisão do principal administrador da empresa galega que gere o hospital e que é o Marquês de Ourense Dom José Pancrácio, decisão essa que permitia a entrada dum elemento da Confraria para a gestão do hospital.
Dom José Pancrácio, justifica-se dizendo que não teve outro remédio, pois a Confraria comprou a quota dum outro sócio da empresa galega que controla o hospital, e como tal teria o direito de participar na gestão do mesmo.
O Marquês de Via Greta, Dom Geninho Três Ais foi o homem escolhido pela Confraria para a gestão do hospital, mas desde que assumiu o cargo, tem actuado mais como confrade-mor do que como gestor hospitalar, talvez por não se ter apercebido ainda que existem algumas diferenças entre ambos os cargos, de maneira que o pessoal que lá trabalha e que não é pouco, anda numa verdadeira polvorosa. Segundo se consta, o confrade-mor, dedica 90% do seu tempo à procura dum acto de gestão menos correcto, que tenha sido cometido pelo Visconde de Manzaneda Dom Luís Praga, por quem nutre um ódio de estimação que vem dos tempos da confraria, para poder incriminá-lo e metê-lo na cadeia, e os restantes 10% a classificar o pessoal que lá trabalha, entre os que ficam e os que vão embora, sem ter por base qualquer tipo de mérito ou demérito, mas apenas pelo relacionamento mais ou menos aparente seja de amizade ou outro, que as pessoas tenham tido com o Visconde de Manzaneda Dom Luís Praga.
Entretanto o hospital que necessita urgentemente de obras e de decisões estratégicas importantes, encontra-se completamente bloqueado, o Marquês de Ourense Dom José Pancrácio tem falado com todas as forças vivas do reino e vai procurando segurar as pontas do problema, mas sente-se impotente com um contrato a quatro anos do fim, e com um interlocutor que lhe dá pancadinhas nas costas, lhe jura amizade eterna, mas depois no terreno e no dia-a-dia faz exactamente o contrário. O confrade-mor que há dez anos abriu as portas do hospital aos galegos é o mesmo que agora os quer ver de lá para fora. Porquê? Não fizeram um bom trabalho? Será que a Confraria tem quadros com o conhecimento específico de gestão hospitalar? Será que a Confraria estará mesmo interessada em manter o hospital aberto? Será que o Marquês de Via Greta Dom Geninho Três Ais não estará completamente cego pelo ódio que o motiva? Será que estará bem assessorado e aconselhado? Será que apresentar-se como gerente hospitalar à segunda, ter uma reunião com o pessoal à terça e dizer que uma coisa é branca, demitir-se à quarta com a cara banhada em lágrimas, nova reunião à quinta dizendo que a coisa é preta e que nunca tinha dito que era branca, jantar com os confrades à sexta e dizer que a coisa não é branca nem preta, será que isto é um comportamento normal? Estará doente?
O Marquês do Pereiro Dom Alfonso de La Niña, que é o director clínico e nas Cortes do reino tem feito intervenções a favor e em defesa do hospital, qual é o papel dele no meio disto tudo? Terá responsabilidades? Ou é só assinar papeis e papar jantares na confraria?
A ver vamos o desenvolvimento da situação. Será certo contudo se os intervenientes principais não passarem por cima de ódios e vaidades pessoais e não puserem o interesse do povo acima de tudo, e o interesse do povo é que o hospital permaneça aberto e a desempenhar a sua função. Se o hospital fechar por causa destas guerras pessoais, politicas, xenófobas, ou outras, os responsáveis deverão ser punidos e exemplarmente, pois não se brinca com uma instituição quase centenária que foi construída pelo povo para servir com dignidade as pessoas que o procuram.
Acerca de quinze dias e depois de algum tempo de suspense, o Barão de Boliqueime Dom Regressado Silva promulgou o decreto-lei que autoriza o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. O arcipreste do reino de Valdecacos Dom Papalves, apoiante político fervoroso do Barão de Boliqueime, estava à espera do veto presidencial que afinal não veio, ficou tão arreliado que resolveu fazer greve às suas funções durante quatro ou cinco dias. Se a comunidade gay sempre lutou pelo direito à diferença, eu também não entendo que a união civil entre pessoas do mesmo sexo tenha de se chamar forçosamente casamento! Poderiam chamar-lhe outra coisa qualquer. Mas se o casamento civil não é um sacramento ao contrário do religioso, e a igreja não o reconhece, que diferença lhe faz que seja com pessoas do mesmo ou de sexo diferentes?



Até Breve



Publicado no jornal "Tribuna Valpacense", em 4 Junho de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O REINO DE VALDECACOS

Na RTPN há já dois ou três anos, ou salvo erro há mais, que nos domingos à noite, depois das notícias do horário nobre, é emitido um programa chamado “Liga dos Últimos”, em que um dos comentadores é o famoso “ Professor Bitaites”, que há uns tempos foi o principal responsável pela preparação física do FCP. Nesse programa as equipas de reportagem percorrem todos os reinos do condado Portucalense, comentando os jogos dos clubes pior classificados, das mais variadas distritais e regionais. Para alem dos comentários desportivos, fazem entrevistas a dirigentes, técnicos, massagistas, treinadores, adeptos, simpatizantes e ao público em geral, dando-nos uma perspectiva do país real, do povo que gira à volta do futebol, das suas motivações, das suas alegrias e tristezas, dos seus hábitos, dos seus vícios, da sua cultura ou em boa verdade se diga, na maioria das vezes da falta dela.
Seria interessante e daqui lanço um repto, para que algum canal televisivo fizesse um programa semelhante com os governos dos reinos que se encontram no fim da tabela dos indicadores do desenvolvimento e da qualidade de vida, como é o caso do reino de Valdecacos, que como todos sabemos também disputa o campeonato dos últimos. Que programa espectacular nos seria oferecido por uma equipa de reportagem instalada nos paços do governo, dando-nos uma perspectiva das reuniões da direcção, dos técnicos, das tácticas usadas, das ordens dadas, das que são efectivamente cumpridas e das que não são, da postura dos adversários, do entusiasmo ou falta dele dos adeptos, as jogadas sub-reptícias, as faltas, os erros da arbitragem, enfim tudo aquilo que tem como consequência final que estejamos a disputar a liga dos últimos!!
No programa futebolístico da RTPN, foi instituído um prémio designado “Prémio Capitão Moura”, para o personagem com mais destaque em termos de insólito e bizarria de comportamento! Aqui no reino também podemos instituir um para idêntico personagem, cuja designação mais adequada às circunstâncias seria de “Prémio Comandante Valdessapos”. Ora o último personagem do reino de Valdecacos a ter uma prestação televisiva digna de registo, foi o vice-presidente do governo, a propósito da Feira do Folar. Vai pois para o Marquês de Calavinhos Dom Milkes Varredor a primeira nomeação para o Prémio Comandante Valdessapos, ficando como uma referência a ter em conta em futuras nomeações.
É com profunda preocupação que vejo uma instituição milenar como é o reino da Eclesiae, abalado por relatos que nascem como cogumelos em anos de chuva, de abusos sexuais sobre crianças praticados por algum dos seus membros. Se é verdade que a instituição em si não pode ser condenada pelo desvio de alguns dos seus membros, também será verdade que as hierarquias não terão dado a melhor solução às situações, sempre que tiveram conhecimento delas. O manto de silêncio e ocultação que durante décadas se quis manter sobre estes casos, tinha forçosamente de se rasgar e ver a luz do dia, num mundo global e mediatizado como é o de hoje. Embora alguns meios anticlericais, se estejam a aproveitar da situação para atacar o reino da Eclesiae, levando alguns dignitários a assumir um discurso de vitimização, não nos podemos esquecer que as verdadeiras vítimas foram as crianças, pelo que seria um acto de grande justiça e humildade de acordo com os ensinamentos do evangelho, que o actual descendente de Pedro aproveitasse a visita Papal do próximo mês de Maio ao Condado Portucalense, para em Fátima, verdadeiro altar do mundo, pedir o perdão que será o primeiro passo para a tão necessária reconciliação do reino da Elcesiae com os seus fiéis.
Quando eu era garoto, vi juntamente com outros miúdos um filme espanhol que nos tocou imenso e nos punha todos a chorar, sobre a história de um recém-nascido abandonado à porta de um convento. Adoptado pelos frades, o argumento desenrola-se com o crescimento e as travessuras duma criança num convento, o primeiro conhecimento de Deus e as suas conversas com Ele, terminando duma forma dramática com a morte do protagonista, motivada pela picada dum lacrau, descendo Cristo da cruz para o levar para o céu nos seus braços. O filme chamava-se “Marcelino Pão e Vinho”.
Nos dias de hoje e em face destes tristes acontecimentos o realizador provavelmente pôr-lhe-ia o titulo “Marcelino Pão Vinho e Vaselina”.
Até breve!
Publicado no Jornal "Tribuna Valpacense" em 23 de Abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

O REINO DE VALDECACOS

Aqui há dias, constou-me que pela primeira vez nos já longos consulados (este é o sétimo), do Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum à frente dos destinos do reino de Valdecacos, foi designado de entre os seis elementos que com o presidente compõem o elenco governativo, um vice-presidente! Nos seis mandatos anteriores em que tal designação nunca foi necessária, todos tomávamos como certo que o numero dois da lista do governo, seria obviamente o substituto do presidente em caso de falta ou impedimento deste.
Ainda me lembro das primeiras crónicas do reino e dos primeiros mandatos, em que o lugar de vice era ocupado pelo actual presidente das cortes Dom Juanito de La Bisabuela, na altura apenas Dom Juanito de La Abuela, exímio na execução das famosas “chicoelinas”, nas altura consideradas como a “arte de bem manobrar o xico”, artes e manobras que pouco tempo duraram, pois o Barão de Ferreiros, aprendeu mais depressa do que eles pensavam, e muitos dos Barões e figurões que rodeavam e bajulavam o Dom Quintanilha da Triste Memória, ainda hoje referencia histórica dos laranjas de Valdecacos, foram colocados na prateleira com uma bandeira do partido na mão, que agitam de quatro em quatro anos, para se convencerem a eles próprios que ainda são importantes! Mostram-se nas eleições para a comissão política, tentando demonstrar uma representatividade que sabem que já perderam ou que nunca tiveram, apitam nas caravanas das autárquicas meio envergonhados com o papel que vão a fazer, mas sempre na esperança que ainda lhes chegue a vez!! Trinta anos passaram e não desistem! Já lá vai uma geração e não desistem! O de La Abuela já é de La Bisabuela e não desistem!
Eu cá por mim deixava-os ser, a todos esses filhos do PREC de Valdecacos, que meteu discussões acaloradas no Central e no Zé de Oliveira até altas horas de madrugada, que meteu ocupação de casas e de terras, que meteu milícias e pancadaria nos comícios, que meteu boinas pretas e atentados à bomba, que meteu actos de bravura e de cobardia, que misturou trigo com joio, que juntou pessoas bem-intencionadas com outras que nem por isso, que criou enfim a primeira geração de políticos, hoje a grande maioria deles já reformados ou na pré reforma, alguns mesmos já se passaram para o outro mundo, mas a grande maioria dos que ainda estão vivos, pelo menos daqueles que nunca chegaram ou passaram pelo poder, carregam uma grande sensação de vazio e de insatisfação, de frustração ou mesmo de revolta, ao verem o rumo que o reino tomou nas últimas décadas. Será que a vida valeu a pena?
Neste último mandato (por imposição legal) do Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum e ao contrário do que aconteceu no cinco mandatos anteriores, não foi o segundo nem o terceiro nem o quarto das lista laranja que foi designado vice-presidente, mas sim o último. Ora como o povo na sua proverbial sabedoria diz que os últimos são os primeiros, esta designação não pode deixar de ter um significado político, mesmo que alguns a queiram desvalorizar.
Suponhamos que na fase final do consulado Salazarista, aquando da fatal queda da cadeira, o Barão de Santa Comba Dão, vendo que as forças lhe faltavam e não poderia continuar a governar, designava a Dona Maria, sua amada governanta durante mais de cinquenta anos para vice-presidente! Vocês já imaginaram a bronca? Como a senhora só faleceu há um ou dois anos atrás, tínhamos gramado com as retrógradas políticas fascistas e com a guerra colonial até agora!! Pois então alguns laranjas de Valdecacos estão-se a preparar para dar ao povo mais do mesmo durante os próximos trinta anos! Será que localmente não poderá haver renovação como existe a nível nacional? Que é feito dessa malta que deu o litro nas jotas partidárias, que militou, colou cartazes, que se formou em universidades estatais, que ganhou e ganha experiência em grandes empresas e em grandes cidades, alguns com lugares de chefia no país e no estrangeiro, que tem espírito aberto, novas ideias, contactos importantes, capacidade de empreendedorismo, e amor à terra que os viu nascer, suficiente para tirar o reino de Valdecacos na fossa em que esta gente o meteu e pretende que ele continue? Que é feito dos Barões do tempo do PREC? Estão velhos e cansados uns? Estão ricos e acomodados outros? Ainda haverá alguém que se preocupe com o povo? O que é feito do partido do Zé dos Anjos?

Até breve!


Publicado no jornal "Tribuna Valpacense" em 12 de Março de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O REINO DE VALDECACOS

Terra sem gentes é terra sem clientela. Esta é uma verdade insofismável, principalmente numa altura de crise generalizada, de desemprego alarmante e consequentemente de competitividade desenfreada.
Imaginação, trabalho redobrado, simpatia, brindes, saldos, publicidade, tudo serve para chamar clientes que permitam manter os postos de trabalho e as empresas a laborar. Os cafés não aumentam os preços para não perder clientes. Os restaurantes fazem refeições económicas para atrair clientes. As lojas de pronto a vestir fazem saldos para atrair novos clientes. Os advogados fazem belos discursos à procura de novos clientes. Os hipermercados fazem promoções procurando mais clientes. Os barbeiros e cabeleireiros inovam nos visuais para atrair nova clientela. Os médicos procuram com saber e simpatia angariar novos clientes. Toda a gente procura nova clientela, e daí nenhum mal virá ao mundo, antes pelo contrário, é esta situação que obriga todos os agentes que se encontram no mercado a melhorar o seu desempenho, de maneira a que os serviços que prestam sejam do agrado de quem os utiliza, e assim os clientes permaneçam fiéis. É com este esforço continuado de actualização e modernização, que os profissionais e as empresas vão lutando no dia-a-dia, numa competitividade por vezes feroz, mas que deverá ser sempre balizada por comportamentos éticos e de lealdade, que as sociedades vão evoluindo, as economias progredindo com os subsequentes benefícios para o bem-estar das populações.
É pois motivo de orgulho quando se diz que fulano e sicrano têm muitos clientes, que este ou aquele café, esta ou aquela empresa, este ou aquele restaurante têm muitos clientes. É sinal que os interessados estão a fazer um trabalho bem feito, são esforçados e os clientes correspondem.
Então será que os clientes são todos bons? Quanto maiores melhores serão as clientelas? Todas as clientelas dão lucro? E se o dão a quem o dão?
Vou falar dum tipo de clientela que é um pouco diferente de todas aquelas a que me referi até agora e que se designa por clientela política.
Quem é que não conhece políticos, que tendo acesso privilegiado a dinheiros do estado, em vez de os utilizar em benefício da causa pública, que é para isso que são destinados, os utiliza para criação de clientelismo político? Quem é que não conhece políticos que manipulam concursos públicos e oferecem empregos a quem lhes interessa para criarem clientelismo político? Quem é que não conhece políticos que passam por cima das leis que deviam ser iguais para todos, para favorecerem A, B ou C e criarem clientelismo político? Quem é que não conhece políticos que isentam de taxas e multas fulano, sicrano e beltrano para criarem clientelismo político? Todos os conhecemos, em todas as áreas políticas, e em todos os partidos, conhecemos a sua formação, os seus cursos, os seus concursos, os seus discursos, os seus percursos, e a importância que para eles têm as clientelas políticas nos períodos eleitorais. Adiante…
Alguém me disse que foram vistas a sair duma casa no Bairro das Lages, algumas personagens da aristocracia do reino. Ainda não consegui confirmar noutra fonte a veracidade da informação, e não quero entrar numa de “jornalismo de buraco de fechadura” como diz o nosso primeiro Dom Zé Trocaste, Visconde de Vilar de Maçada, mas atendendo ao insólito do lugar para a reunião e à qualidade aristocrática dos presentes, não posso deixar de referir os nomes que me chegaram ao conhecimento: o
Visconde de Jales Dom Tides Mais Branco Não Há o Marquês de Alfarelos Filho Del Rei Dom João VI, o Barão do Tanque Mansinho Dom Zé Carioca, o Presidente das Cortes Dom Juanito de la Bisabuela, o ex Cobrador Mor do Reino Dom Gigio, o Marquês do Pereiro Dom Alfonso de la Niña, o famoso homem da moda Dom Helderes Cardin Pierrôt, Barão de Pé e Linhas, o primo do Marquês de Croft e com o mesmo nome Dom Hernandez Primo de Rivero, mas este com o titulo de Duque de Sálu. Também fizeram parte da reunião o Visconde da Tábua Dom Cláudio Pavor, conhecido pelo Pequeno Helvético e o Barão do Funil Dom Miro Escuro.
Ainda me falaram noutros cujo nome não me vem á memória, mas que procurarei confirmar! Reunião nas Lages? No bairro operário? Serão os novos conjurados? Virá aí um novo 1640?

Até Breve !
Publicado no jornal "Tribuna Valpacense", em 12 de Fevereiro de 2010

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O REINO DE VALDECACOS

2010. Ano novo, nova década, o terceiro milénio a correr em pleno, rumo a um futuro pouco previsível mas que todos desejamos melhor. Apesar do tempo frio e chuvoso não faltaram comemorações de fim de ano por todo o Condado Portucalense, do Minho ao Algarve, o povo festejou como pode, o champanhe correu a rodos, bateram-se recordes do Guiness tanto no reino da Madeira com o fogo-de-artifício, como no reino de Albufeira com um mega brinde colectivo.
O reino de Valdecacos também tem razões para festejar, acaba de entrar nesta nova década com entusiasmo redobrado, e ao contrário do que eu muitas vezes tenho afirmado acerca da passividade, conformismo e pouca visão estratégica dos inúmeros governos de Dom Xico Mirandum, as coisas parecem agora estar a correr de maneira completamente diferente, razão pela qual me penitencio pelo descrédito tantas vezes demonstrado nos meus escritos.
Quando acerca de quinze ou dezasseis anos já o Barão de Ferreiros a pleno vapor, iniciava o segundo ou terceiro mandato, escrevi acerca da importância do ensino universitário para o reino de Valdecacos, e se é verdade que até há um ou dois anos isso ainda não tinha acontecido, apesar de várias e amplamente divulgadas promessas, o que é certo é que de um momento para o outro já temos duas universidades mais a promessa duma terceira. Ora em abono da verdade, tenho de reconhecer que tudo isto se deve ao extraordinário esforço do governo de Valdecacos, que não se poupou a efectuar diligências de toda a natureza, seja de apoios financeiros, de instalações, de residências apoiadas para a população estudantil, seja na aquisição de equipamentos para laboratórios, ginásios etc…etc…etc.
O Barão de Ferreiros Dom Xico Mirandum, no poder desde os anos oitenta do século passado, com o saber e experiencia acumulados ao longo dos anos, foi construindo uma teia de influências locais, regionais, nacionais e porque não dize-lo internacionais (a amizade e proximidade com Dom Furão Barroso, Barão do Lila), que lhe permitiram jogar os trunfos na altura certa, e tiveram como resultado que num ápice o reino de Valdecacos, passa-se duma situação de inexistência de ensino superior, para uma situação de quase três universidades, o que convenhamos é obra, e não tem paralelo com os reinos vizinhos com os quais competimos diariamente.
Que importa que nas aldeias e vilas fechem escolas primarias e secundárias se em contrapartida abrem universidades?
Estou plenamente convencido que a oposição rosa no reino de Valdecacos, que passa a vida a clamar contra a falta de crianças nas escolas (esquecendo que elas só votam a partir dos 18 anos), liderada pela Marquesa da Fradizela Dona Suprema Bonçalo, teria tido mais sorte nas urnas, se em vez de concordar com o fecho de escolas desertas, tivesse também optado pelo apoio ao ensino universitário.
Acho mesmo que foi um golpe de mestre do Barão de Ferreiros, sabendo que a sua opositora Dona Suprema Bonçalo tinha sido nomeada para um alto cargo na Direcção Regional da Educação do Norte pelo governo do Condado Portucalense, o que lhe confere poder sobre escolas básicas e secundárias, toca a fechar as ditas e a criar universidades que ela aí não manda nada! Ora toma!!
Se as duas universidades existentes parecem vocacionadas para as artes marciais, a nova a instalar brevemente, irá ao que se consta tomar um pendor mais clássico, especializando-se em luta greco-romana. Será que com os rasgados elogios ao presidente do governo de Valdecacos, o professor Faísca se andará a bater por alguma reitoria?
Outra das extraordinárias medidas implementadas pelo VII governo de dom Xico Mirandum, que em termos de ministros é igual ao VI, ou seja os ministros já são todos experientes e calejados, e talvez por isso vendo o estado calamitoso em que se encontrava a agricultura do reino, com vinhas, olivais e soutos a mirrarem por falta de água, com poços e regatos completamente ressequidos há mais de 10 anos, votaram em unanimidade com a oposição numa das ultimas reuniões do ano findo, que chovesse a cântaros e assim aconteceu na realidade para gáudio de milhares de agricultores. Esta foi talvez a resolução mais importante votada por Dom Xico e pelo seu governo nas ultimas décadas, e daqui lhe tiro o meu chapéu.



PS: Foi votada favoravelmente pelo Barão de Ferreiros dom Xico Mirandum, pelo Marquês de Celeirós Dom Toninho Castanheiros, pela Marquesa de Campo D’égua Dona Carmencita Tramas, pelo Visconde de Valverde Dom Vitinho Córócócó, e embora contrariado pelo Marquês de Calavinhos Dom Milkes Varredor, uma resolução que aumenta de 3 para 4 o número de elementos do governo com remuneração, ordenado, pilim, money, graveto! A oposição votou contra argumentando que “jobs for the boys” é marca registada.


Até Publicado no jornal "Tribuna Valpacense" em 15 de Janeiro de 2010