terça-feira, 31 de março de 2009

O REINO DE VALDECACOS

Quem iria imaginar que quase 50 anos depois do Barão de Santa Comba Dão ter dito a celebre frase “Angola: para a frente e em força”, dando reposta aos acontecimentos que em 1961 davam inicio à guerra de libertação, que mais tarde se estenderia a outros territórios africanos, a frase voltasse a ter significado embora num contexto totalmente diferente! São às dezenas senão mesmo às centenas, os habitantes do reino de Valdecacos que procuram de novo nas savanas africanas de Cabinda ao Cunene, com o seu trabalho o seu esforço, a sua capacidade criativa, vencer na vida, ganhar sustento para si e para os seus, ajudando ao mesmo tempo ao desenvolvimento daquelas terras e daquelas gentes.
Electricistas, torneiros, agricultores, engenheiros, mecânicos, economistas, que por aqui viam a vida andar para trás, partiram com o espírito de aventura que nos caracteriza, aliciados por histórias de negócios e ordenados que aqui não passam de uma miragem. Oxalá tenham sorte e consigam realizar os sonhos que os levaram a partir…
Embora muitos fiquem por referir, não posso deixar de enviar um forte abraço através do (www.chaparuto.blogspot.com), ao Dom Hugo, filho do Marquês da Fronteira Dom Corleone de la Mancha, assim como ao Dom Paulo, filho do Visconde de Montenegro Dom João Pandego, ao Dom Carlitos, filho do Visconde de Santa Maria Dom Assediado (responsável pela carta de chamada de muita desta gente), ao Marquês de Alta Voltagem Dom Toni de França, ao Barão de Riberalves Dom Comprido Nunes, ao primo do Marquês dos Colmeais Dom Filipe Pratumba (da família dos Pratumbas, com grande influência nas terras que vão do Cuíto ao Cuando-Cubando). Não posso deixar de referir um homem também ligado ao reino de Valdecacos e que já há alguns anos ocupa posição privilegiada na sociedade angolana, trata-se dum exímio negociante e um dos maiores especialistas mundiais em bebidas espirituosas, que durante vários anos esteve à frente da direcção técnica da vinícola de Valdecacos. Trata-se como já deveis ter percebido do Conde do Bangassumo Dom A.J.Péréré.
Também se chegou a constar que o Visconde do Caneco Dom Desventurado Zé, estaria de malas aviadas para partir, (tal como o emigrante da rotunda), mas depois dum aturado estudo de mercado, reconheceu que o negócio do azeite é mais certo que o do óleo de dem-dem.
Foi com pompa e circunstância que decorreu a curta visita do presidente do reino de Angola, Dom Zédu para os amigos, ao condado Portucalense. Numa altura em que os países desenvolvidos estão com as suas economias em recessão, Angola cresce quase dez por cento ao ano, tornando-se num mercado apetecível para os nossos produtos, para as nossas empresas, e sobretudo para dar trabalho a milhares de jovens com alguma diferenciação técnica. Sem falsos paternalismos ou mentalidades neo-coloniais, mas com parcerias justas e mutuas vantagens, teremos de novo um longo e profícuo caminho pela frente, do qual o reino de Valdecacos poderá vir a beneficiar. Já lá temos excelentes embaixadores!
Gostei de ver a primeira-dama de Angola! Jovem, bonita, elegante, requintadamente vestida! Tem seguramente menos de metade da idade do Zédu. Se fosse cá, dir-se-ia que “burro velho gosta de pasto tenro”! Como lá não há burros e o pasto se chama capim, poderemos concluir que “leão velho gosta de gazela nova”.


P.S: O que é que pode levar um jovem de dezassete anos a pegar numa arma, entrar numa escola que já frequentou e assassinar friamente dezasseis pessoas? Não foi no Iraque nem do Darfur nem no Afeganistão ou no Paquistão! Foi aqui ao lado no reino da Alemanha! Tal como dizia um cartaz afixado na escola após o trágico acontecimento, também eu me pergunto: “onde estavas tu Deus para permitires que uma coisa destas aconteça”?


Até Breve
Publicado no jornal "Tribuna Valpacense", em 17 de Março de 2009

2 comentários:

Anónimo disse...

Pena é que no meio de tanta gente válida, que aqui criaram riqueza e agora estão de saida, não vá para lá esta politiquice de merda, que foi a principal responsável pelo estado de coisas a que chegamos, tanto aqui no nosso reino como tambem na nossa republica das bananas.

Anónimo disse...

O bar do Futuro

Um sujeito entra num bar novo, hi-tech, e pede uma bebida. O barman é um robô que lhe pergunta:

- Qual o seu QI?
O homem responde:
- 150.
Então o robô serve um cocktail perfeito e inicia uma conversa sobre aquecimento global, espiritualidade, física quântica, interdependência ambiental, teoria das cordas, nanotecnologia e por aí.

O tipo ficou impressionado, e resolveu testar o robô. Saiu, deu uma Volta e voltou ao balcão. Novamente o robô pergunta:
- Qual o seu QI?
O homem responde:
- Deve ser uns 100.

Imediatamente o robô serve-lhe um whisky e começa a falar, agora sobre futebol, fórmula 1, super-modelos, comidas favoritas, armas, corpo da mulher e outros assuntos semelhantes.

O sujeito ficou abismado. Sai do bar, pára, pensa e resolve voltar e fazer mais um teste. Novamente o robô pergunta:

- Qual o seu QI?
O homem disfarça e responde:
- Uns 20, eu acho!
Então o robô serve-lhe uma pinga de tinto carrascão, inclina-se no balcão e diz-lhe pausadamente:
- E então meu, vamos votar no Tavares de novo?


Dom Chicote faz a mancha